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Paridade é tema do primeiro dia do encontro do Coletivo Nacional de Mulheres da CNM/CUT

Evento iniciado nesta terça (18) abordou também desafio de ações voltadas à juventude e unificação de lutas das mulheres no Macrossetor da Indústria da CUT.

Publicado: 18 Março, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Shayane Servilha
Encontro do Coletivo prosseguirá nesta quarta-feiraEncontro do Coletivo prosseguirá nesta quarta-feira
Encontro do Coletivo Nacional de Mulheres prosseguirá nesta quarta-feira

Começou na manhã desta terça-feira (18) o Encontro do Coletivo Nacional de Mulheres Metalúrgicas da CUT. O evento, que segue até amanhã (19), na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), em São Bernardo do Campo (SP), conta com a presença de 20 trabalhadoras de todo país para debater a participação feminina no movimento sindical e a pauta das metalúrgicas.

As diferenças regionais e as dificuldades para romper a discriminação e o preconceito foram abordadas no primeiro dia da atividade. A secretária da Mulher e coordenadora do Coletivo da CNM/CUT, Marli Melo, lembrou que em sua base sindical, Campina Grande (PB), o preconceito contra a mulher é maior que em grandes capitais. “A cultura é machista, e se considera ainda que a mulher deve apenas realizar atividades domésticas. Nossa luta começa dentro de casa e com a quebra de paradigmas como esse”, ressaltou Marli.
 

Crédito: Shayane Servilha
Marli Melo e RosanaMarli Melo e Rosana
Marli Melo e Rosana na reunião do Coletivo

Presente na mesa de abertura, a dirigente executiva da CUT, Rosana Souza, deu ênfase à luta pela paridade nas direções das entidades sindicais, um dos temas que pautarão os debates no movimento. “É necessário uma formação adequada das trabalhadoras e reestruturação nas concepções sindicais para que elas possam ser inseridas com qualidade no sindicalismo e não apenas para cumprirem ‘tabela’”, disse, destacando a importância dos Coletivos como o da CNM/CUT para debater também políticas públicas voltadas às mulheres.

Apesar de haver muito a ser conquistado pelas trabalhadoras, ela apresentou avanços e direitos assegurados pela Central e sindicatos em relações a outros países.  “A organização das mulheres cutistas está avançada. Há nações onde ainda se discutem cotas, constituição de Coletivos e creche no local de trabalho. Hoje, lutamos por igualdade de oportunidades, licença parental, creche pública e Convenção 156, que garante igualdade de oportunidades e de tratamento para trabalhadores e trabalhadoras com responsabilidades familiares”, destacou Rosana.

A dirigente da CUT também abordou a participação e comunicação com a juventude para inserção dessa fatia de trabalhadores nas direções nacionais e estaduais das entidades. “O diálogo ainda é frágil, porque a nossa linguagem já está ultrapassada. Os jovens vivem outra realidade. Precisamos trazê-los para nosso lado e aprender a conversar de igual para igual. A juventude é um dos agentes principais na construção da sociedade, como ocorreu ano passado nas manifestações”, observou Rosana, que foi a primeira titular da Secretaria Nacional de Juventude da CUT.

Macrossetor da indústria

Crédito: Shayane Servilha
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Ao centro, Lu Varjão e Paulo Cayres

Durante a tarde, a presidenta da Confederação Nacional dos Químicos (CNQ/CUT), Lu Varjão, dialogou com o Coletivo sobre a importância do Macrossetor da Indústria da CUT em relação à bandeira de igualdade de setores e gêneros. Antes de sua exposição, o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, fez uma rápida saudação às participantes.

O objetivo do Macrossetor é fortalecer o trabalho nas regiões a partir de ações integradas das categorias metalúrgica, química, da alimentação, do vestuário e da construção. “É necessário planejar ações conjuntas com mulheres do Macrossetor e dos Coletivos de cada categoria a fim de unificar e dialogar melhor com todos. Precisamos organizar a trabalhadora e trabalhador para que troquem experiências e fortaleçam nossas lutas”, considerou. “Além disso, ambiente de trabalho é primordial para que a mulher desenvolva as habilidades profissionais dignidade e humanidade”, completou.

(Fonte: Shayane Servilha – assessoria de imprensa da CNM/CUT)