Pesquisa: Brasil é país que mais pretende contratar em 2014
Publicado: 15 Abril, 2014 - 00h00
Escrito por: CNM CUT
O Brasil é o país que mais pretende expandir suas equipes em 2014, mas também o que enfrenta mais dificuldade de encontrar profissionais qualificados. É o que indica pesquisa feita pela consultoria Robert Half, que ouviu mil empresas de oito países — além do Brasil, o levantamento incluiu Austrália, Áustria, Bélgica, Chile, França, Itália e Nova Zelândia.
O estudo indica que 44% das empresas brasileiras pretendem criar novas vagas, contra 30% da média geral. E, segundo metade das companhias que atuam em território nacional, seu atual quadro de funcionários deve ser mantido, em número equivalente à média. Mais que isso: apenas 5% no Brasil dizem que vão congelar vagas e 1% afirma que vai eliminar posições, ficando abaixo da média dos países, de 15% de congelamento e 5% de supressão de vagas.
"O Brasil passa por momento antagônico: por um lado, tem muita empresa deixando o país; de outro, muitas estão chegando, principalmente nas áreas de infraestrutura e tecnologia", afirma o diretor de Operações da Robert Half no Rio de Janeiro, Sócrates Melo, para quem o fato de os empresários brasileiros mostrarem mais otimismo que os dos demais países é explicado pela perspectiva de expansão. "São lugares que têm uma economia muito forte, mas que não apresentam potencial de crescimento tão grande quanto o Brasil."
Esse momento, Melo acrescenta, está relacionado ao desaquecimento da economia e ao período pré-eleições, que geram incertezas: "Por isso, o Brasil se apresenta como um país com os dois lados da moeda: há empresas que acreditam, e outras que preferem deixá-lo".
E, entre as companhias que continuam confiantes no potencial do país, é grande a dificuldade de achar profissionais qualificados. Esse é um problema apontado por 92% das empresas entrevistadas, especialmente para os cargos de assistente de projeto administrativo, gerente de escritório e assistente executivo, aponta a Robert Half.
"Principalmente nas áreas de recursos humanos, financeira e operações, por conta do novo modelo que as empresas estão buscando. Há também muita contratação de analistas de tecnologia e contábeis", diz Melo.
(Fonte: O Globo)