Escrito por: CNM CUT

Banco GMAC cresce com leasing de veículos do grupo Chevrolet

Nem mesmo o aperto da política monetária deve interromper a trajetória de alta das vendas de automóveis no País, que tem se refletido diretamente no volume de financiamento e na venda de seguros para o segmento. A estimativa do Banco GMAC, braço de serviços financeiros do grupo Chevrolet, se deve ao resultado recorde obtido no primeiro semestre deste ano, com acréscimo de 54% do valor dos ativos em relação ao mesmo período de 2007, para R$ 7,62 bilhões.

"Quase triplicamos a carteira em dois anos, já que o volume em junho de 2006 era de R$ 2,4 bilhões", ressalta Sérgio Diniz, diretor financeiro do Banco GMAC. O lucro líquido da instituição financeira no período avançou 10,5% no período, para R$ 96 milhões.

Os financiamentos automotivo, residencial e comercial e os produtos de seguro são distribuídos na rede de 500 concessionárias da Chevrolet no País. O banco atua em outros 39 países e, excluindo a América do Norte, o Brasil é o segundo maior mercado em crescimento, atrás da China. Do porfólio, o carro-chefe no Brasil é o leasing de veículos novos, responsável por 70% da carteira de crédito.

"O crescimento do leasing tem se dado nos últimos meses pelo apelo de taxas mais competitivas em relação do CDC (Crédito Direto ao Consumidor), devido às alterações de taxação do IOF (Imposto sobre Operação Financeira)", explica Diniz. Isso porque o governo federal aumentou em 0,38% a alíquota do IOF sobre operações de crédito, em janeiro, imposto que não incide sobre arrendamento mercantil - por enquanto, já que o Ministério da Fazenda informou este mês que estuda incluí-lo no leasing de veículos.

A principal estratégia do banco para este segundo semestre, entretanto, não está na ponta final da cadeia e sim nas fontes de captação de recursos para a concessão de financiamento (funding). "Queremos diminuir a dependência do mercado interbancário, de onde captamos R$ 2 bilhões até junho contra R$ 1,7 bilhão no mesmo período do ano passado, usando outras fontes de captação", diz. O planejamento é fazer emissão de cotas de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) este ano.

Fonte: Gazeta Mercantil