Escrito por: CNM CUT
Manifestantes convocam boicote aos produtos das multinacionais norte-americanas no 1º de Maio
'A idéia de boicotar todos os produtos vendidos e produzidos por empresas dos Estados Unidos no 1º de maio cresceu de uma forma impressionante nos últimos dias. Temos que focar nas multinacionais que apóiam essa política fascista de Bush e que tenham financiado os senadores e deputados que bancam as leis propostas no Congresso contra os imigrantes', afirmou a experiente sindicalista Dolores Huerta, co-fundadora, junto com o desaparecido líder trabalhista César Chávez, do maior sindicato camponês dos Estados Unidos, a União de Trabalhadores Agrícolas (UFW, na sigla em inglês), em entrevista à Agência Notimex.
'É gratificante para quem luta há tantos anos ver uma resposta tão firme como a que deram mais de um milhão de pessoas em Los Angeles em 25 de março, e não só naquele dia, em outras manifestações nos dias seguintes em muitas cidades onde nunca tinham se visto protestos em favor dos trabalhadores imigrantes', acrescentou.
Organizações dos movimentos sociais do México e de vários países da América Central se pronunciaram a favor das medidas lançadas nos EUA. A Central Geral de Trabalhadores da Guatemala, CGTG, além de participar do boicote, está organizando uma manifestação na frente da embaixada dos EUA. No México, os sindicatos, grupos políticos e comunitários, religiosos e algumas repartições de governos estaduais de oposição ao governo de Vicente Fox se unirão aos imigrantes. Bispos da Igreja Católica pediram que os católicos mexicanos apóiem o boicote comercial contra os EUA.
(Por: Dayane Santos) (Agência CUT, 27.04.2006)