Escrito por: FEM/CUT-SP*

CNM/CUT participa de assinatura de Convenção Coletiva da FEM/CUT-SP

Acordos garantem reajuste com aumento real e importantes direitos trabalhistas para a categoria

Adonis Guerra
Loricardo (de vermelho, sem óculos) presente na assinatura junto a Erick (de vermelho, com óculos)

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT-SP (FEM-CUT/SP) assinou Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) da Campanha Salarial 2025 com mais quatro grupos patronais. Os documentos foram assinados na sede da Fiesp nesta quarta-feira (3) com a presença de representantes dos sindicatos filiados.

Os acordos foram assinados com o Sindratar, Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa), Grupo 8.3 (Sinafer, Simefre e Siamfesp) e Siescoment com reajuste de 6,4% – o que garante aumento real nos salários – e a renovação das cláusulas sociais com importantes direitos para a categoria (veja os detalhes abaixo).

Além disso, a FEM-CUT/SP e os sindicatos filiados já haviam marcado a história das campanhas salariais das entidades ao assinar, pela primeira vez, na data-base da categoria, na segunda-feira, 1º de setembro. O documento foi assinado com o Sindicel na sede dos metalúrgicos de Sorocaba (SMetal).

Presente na assinatura do acordo da base paulista, o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, reforçou a importância da assinatura de Convenções Coletivas como forma de proteção ampla para toda a categoria. “Você traz a manutenção e melhoria dos direitos, de cláusulas sociais, e das cláusulas econômicas a partir de cada convenção feita nos estados. É uma demonstração importante da capacidade de organização e luta dos metalúrgicos e metalúrgicas”.

Para o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, a união e a participação dos sindicatos filiados nas negociações contribuíram bastante para os resultados positivos. “Mais do que os outros anos, a gente teve o envolvimento dos sindicatos na contribuição, na construção, ligando para os patronais, para empresas. Isso foi fundamental nesse processo e na garantia de importantes conquistas para a categoria”.

O sindicalista também falou dos desafios enfrentados para chegar aos acordos assinados com os empresários. “Tivemos uma baita pedra no caminho que foi a história do tarifaço. Em uns grupos menos e outros mais, é um problema real. E isso aconteceu nos grupos que fizeram propostas e que foram corretos e respeitaram a Federação e os sindicatos filiados”.

Claudião Batista, tesoureiro da FEM-CUT/SP, destacou o momento histórico, de assinar os acordos logo no início do mês da data-base. “Isso é um fato histórico para nós da FEM porque dá tempo hábil para as empresas fecharem as folhas de pagamento e não ter nenhum prejuízo para os trabalhadores, que já têm o reajuste no próximo pagamento”.

A FEM-CUT/SP ainda assina mais um acordo esta semana e segue nas negociações com os grupos patronais que não chegaram em propostas que atendam às reivindicações da categoria. A entidade também vai entregar aviso de greve em algumas bancadas patronais.

Confira os acordos já assinados:

SINDRATAR
6,4% de reajuste salarial
Renovação das cláusulas sociais até 2026

GRUPO 3 (SINDIPEÇAS, SINDIFORJA e SINPA)
6,4% de reajuste salarial.
Renovação das cláusulas sociais por 2 anos

GRUPO 8.III (SINAFER, SIMEFRE e SIAMFESP)
6,4% de reajuste salarial
Renovação das cláusulas sociais por 2 anos

SIESCOMET
6,4% de reajuste salarial
Renovação das cláusulas sociais até 2026

SINDICEL
6,2% de reajuste salarial
Renovação das cláusulas sociais por 2 anos
Inflação + 1,2% de aumento real em 2026