Escrito por: Redação CNM/CUT

CNM/CUT repudia violência política contra Marina Silva e se solidariza com ministra

Metalúrgicas condenam o ataque machista e misógino feito a ministra do Meio Ambiente durante audiência no Senado e ressaltam: lugar de mulher é onde ela quiser

Rogério Cassimiro/MMA
Ministra Marina Silva fala durante audiência na comissão de infraestrutura do Senado, em 27 de maio

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos e das Metalúrgicas da CUT (CNM/CUT) presta solidariedade à companheira Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, que foi covardemente agredida de forma machista durante audiência realizada nesta terça-feira (27) no Senado Federal. E repudia a violência política de gênero que Marina sofreu.  

Marina abandonou a audiência, onde ela prestava esclarecimentos sobre a atuação do ministério que comanda, depois de ouvir de dois senadores de partidos do dito centrão e da extrema direita de que “deveria se colocar em seu lugar” e que “não merece respeito como ministra”.

Este não foi o primeiro episódio de ataques machistas à Marina. O mesmo senador que disse que ela não merecia respeito como ministra já havia declarado meses atrás que tinha vontade de “enforcar” a ministra.

Marina Silva tem direito de se colocar no lugar em que quiser. Ela é deputada eleita, já foi senadora da república e hoje é ministra de Estado. Construiu sua carreira política à base de muita luta e nunca foi submissa, como queriam demonstrar os nobres parlamentares que tentaram rebaixá-la ontem.

A ministra, infelizmente, é mais um exemplo de como a violência política impede que as mulheres ocupem mais espaços de poder em nosso país pois, na visão dos que detêm o poder há séculos, elas estarão no lugar errado. 

Nós, metalúrgicos e metalúrgicas cutistas, estamos juntos com Marina. Quando uma mulher é atacada, todas são atacadas. É preciso acabar com a violência e o ódio político instrumentalizado pela extrema direita contra as mulheres!

Secretaria de Mulheres da CNM/CUT