Decisão patronal arbitrária mostra a importância de contrapartidas sociais quando há benefícios fiscais à produção de automóveis, além de lembrar o quanto a reforma Trabalhista é nociva aos trabalhadores
A diretoria da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) se solidariza com os trabalhadores na Mercedes Benz em Campinas (SP), que na última quinta-feira (22) foram surpreendidos com a decisão da montadora de terceirizar as operações da unidade e transferir setores para outras regiões.
A decisão foi feita de forma unilateral, com a empresa primeiro comunicando a terceirização aos trabalhadores e, só após o ato, procurando o Sindicato local para negociar.
Este tipo de atitude arbitrária e insensível dos patrões mostra o quanto é importante a existência de contrapartidas sociais das empresas quando governos federais, estaduais e municipais concedem benefícios fiscais à produção de automóveis.
Além da exigência das contrapartidas sociais, é preciso denunciar o quanto a terceirização irrestrita, aprovada durante a Reforma Trabalhista do governo golpista de Michel Temer, em 2017, permitiu que a ação patronal precarizasse as relações trabalhistas, trazendo instabilidade a toda a classe trabalhadora.
Nossa indignação é a mesma manifestada pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM-CUT/SP) que denunciou a falta de responsabilidade da Mercedes com os trabalhadores, pais e mães de famílias, que tiram o seu sustento do trabalho e são os grandes responsáveis pela produção da empresa.
Reforçamos nosso apoio à luta dos companheiros e companheiras de Campinas para busca de uma melhor alternativa.