Escrito por: CNM CUT
Nesta quinta-feira (29), trabalhadores ligados à CUT e às demais centrais sindicais protestaram contra a retirada de direitos trabalhistas e sociais.
Nesta quinta-feira (29), metalúrgicos em todo o Brasil realizaram uma grande paralisação nacional em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra a atual política do governo golpista de Michel Temer de retrocesso nos avanços sociais. O Dia Nacional de Mobilização e Paralisação dos Metalúrgicos foi articulado pela CUT, Força Sindical, Conlutas, CTB e Intersindical.
Os trabalhadores foram mobilizados através de assembleias, atrasos em horários de entrada das fábricas, greves e passeatas. No Rio Grande do Sul, por exemplo, os sindicatos dos metalúrgicos que pertencem à base da Central Única dos Trabalhadores concentraram as ações em 19 fábricas, de 13 municípios (Rio Grande, Santa Rosa, Horizontina, Não me Toque, São Leopoldo, Canoas, Cachoeirinha, Venâncio Aires, Porto Alegre, Novo Hamburgo, Passo Fundo, São José do Norte e Guaíba).
Já em São Paulo, os Sindicatos dos Metalúrgicos cutistas de Taubaté, Sorocaba, São Carlos e Pindamonhangaba também aproveitaram para fomentar a campanha salarial dos metalúrgicos no estado. A data base da categoria é 1º de Setembro e nenhum do grupo de negociação fechou proposta com a bancada patronal.
Os metalúrgicos ligados à CUT em Minas Gerais também aproveitaram o Dia Nacional de Mobilização para fechar a BR-381 em protesto contra a proposta de reajuste salarial. O Sindicato patronal propôs reajuste de 5% a partir de fevereiro. A data base da categoria é 1º de Outubro.
No nordeste, os metalúrgicos de Natal (RN) e Campina Grande (PB) realizaram assembleias e distribuíram boletins informativos com a pauta nefasta do governo golpista.
“Foi um dia extremamente importante ao mostrar a unidade dos metalúrgicos em todo o País e das respectivas centrais sindicais. Mostramos que defenderemos nossas conquistas e estaremos sempre na luta contra qualquer atentado aos direitos dos trabalhadores”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres.
Entre as ameaças estão a terceirização ilimitada, a implantação da jornada de trabalho de 12 horas diárias, contratos de trabalho flexíveis e a reforma da Previdência.
“Não vamos aceitar a truculência desse governo de colocar as pautas de cima para baixo”, disse. “Se a idade mínima de aposentadoria mudar para 65 anos, têm trabalhadores que não vão nem se aposentar”, explicou.
O dirigente destacou que o projeto de terceirização ilimitada, o PLC 30, está para ser votado no Senado e avaliou que há um esforço do governo e de setores do empresariado para condicionar a recuperação da economia à retirada de direitos.
“Parte dessa crise foi estimulada. Foi uma retenção de investimentos para, na sequência, implementar essa pauta. Eles querem convencer que para crescer precisa precarizar”, disse. “Se você não distribui renda, não vai ter a economia girando”, prosseguiu.
Confira as imagens das mobilizações pelo país.
rédito: Divulgação-Crédito: DivulgaçãoSão Carlos (SP) - Na Volkswagen, trabalhadores atrasam entrada de turno
(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)