Escrito por: CNM CUT
Justiça do Trabalho derruba liminar que suspendia processo eleitoral; Perrut e Luizinho se enfrentam nas urnas
A liminar obtida por Vanderli Jordão que mandava suspender a eleição da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e republicar o edital, abrindo prazo para inscrições de novas chapas, foi derrubada ontem por uma decisão do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Wanderley Valladares Gaspar no mandado de segurança impetrado pelo sindicato. Com a decisão, a votação fica confirmada para as datas previstas no edital: hoje e amanhã.
O presidente do sindicato, Carlos Perrut, disse que a apuração dos votos só deve começar no sábado, no ginásio do Recreio do Trabalhador. E justifica: 'É para evitar que uma possível exaltação dos ânimos durante a votação se estenda para o ambiente onde será feita a contagem dos votos'.
As chapas inscritas são a 1, da CUT, liderada por Carlos Perrut, e a 2, da Força Sindical, liderada por Luiz de Oliveira Rodrigues, o Luizinho, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM).
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Perrut anuncia novas negociações
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Carlos Perrut, afirmou ontem no final da tarde que havia conseguido montar um novo cronograma de negociação com a CSN. Segundo Perrut, seriam feitas três reuniões: hoje, para discutir a desterceirização e o equacionamento das dívidas dos metalúrgicos, amanhã, para falar sobre complementação da PLR e no domingo, para discutir o aumento real - que a siderúrgica havia descartado em sua contraproposta. As reuniões de hoje e amanhã seriam às 20 horas e a de domingo às 14 horas.
Entre os principais itens oferecidos em sua contraproposta, a CSN daria aos trabalhadores R$ 1 mil de antecipação da PLR de 2006, mais uma complementação da PLR de 2005: R$ 1,5 mil para quem tem salário até R$ 2 mil e R$ 2 mil para quem ganha acima desse valor.
Com isso, cada funcionário da CSN que não faz turno receberia R$ 2,5 mil - se tivesse um salário de até R$ 2 mil - ou R$ 3 mil - se tivesse um salário acima de R$ 2 mil. Já quem faz turno ganharia, além disso, R$ 3 mil oferecidos pela empresa como gratificação pela manutenção - por mais dois anos - do turno de revezamento de oito horas. Com isso, quem faz turno receberia R$ 5,5 mil (se ganhasse menos de R$ 2 mil) ou R$ 6 mil (se ganhasse mais de R$ 2 mil.
Outro item que constava da proposta da empresa era o equacionamento da dívida dos trabalhadores - a CBS emprestaria o dinheiro necessário à quitação das dívidas, que têm juros de até 10% ao mês e faria o desconto em folha com juros de 1,44% ao mês.
Havia ainda uma proposta de desterceirização, em que a CSN contrataria cerca de 1.400 trabalhadores que hoje prestam serviço à siderúrgica através de empreiteiras.
Fonte: Diário do Vale