Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba

Encontro nacional do Comitê Sindical da ZF acontece em São Bernardo

Objetivo é alinhar pautas e fortalecer a atuação sindical no país em prol dos trabalhadores

Divulgação

Dirigentes sindicais do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), membros do Comitê Sindical de Empresa (CSE) do grupo ZF em Sorocaba, estiveram presentes no Encontro do Comitê Nacional do Grupo ZF, realizado na terça-feira (13), em São Bernardo do Campo (SP). Os dirigentes Fabio Rossy e o secretário Jonas de Brito, participaram representando a base local, ao lado de plantas de todo país, como Araraquara, Sumaré, São Bernardo, entre outras. A iniciativa, que acontece duas vezes ao ano, visa alinhar pautas e fortalecer a atuação sindical de forma unificada na empresa.

“Foi um ambiente extremamente produtivo, com debates fundamentais para a equidade entre as plantas e para garantir avanços nas pautas urgentes para os trabalhadores da ZF em todo o Brasil”, destacou Fabio. 

Além da apresentação dos novos e novas dirigentes das plantas de Sorocaba, foram tema: a busca por equilíbrio na negociação do Programa de Participação nos Resultados (PPR), a revisão do vale-alimentação nas diferentes unidades e a atualização da grade de cargos e salários. Também foi abordada a crescente preocupação com os acidentes de trabalho no país.

Outro destaque foi a análise de conjuntura apresentada por representantes do Departamental Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), do IG Metall, o maior sindicato metalúrgico do mundo, e da Industriall, a federação sindical global, que também deram respaldo às discussões, trazendo um panorama das operações da ZF no Brasil e no exterior, inclusive com foco na realidade enfrentada pelas fábricas alemãs.

“Discutimos muito sobre segurança nas plantas, os impactos de maquinário obsoleto e a resistência da empresa em investir em melhorias. Precisamos garantir que nenhuma desculpa justifique o risco à integridade dos trabalhadores”, completou Rossy.

Durante o encontro, foi realizada ainda o alinhamento de pautas para a próxima edição do jornal Intercambiar, que reúne reivindicações das bases e tem sido uma ferramenta importante para as negociações. 

O que são as redes sindicais?

As chamadas redes sindicais são uma espécie de articulação entre trabalhadores de empresas multinacionais e ou transnacionais, que possuem fábricas espalhadas em lugares diferentes do mundo. As redes sindicais são uma política que faz parte das ações da CNM/CUT há cerca de 20 anos, ajudando a constituir e manter esse tipo de ferramenta em várias fábricas na categoria metalúrgica.

Elas surgiram como alternativa, principalmente na Europa, contra as adversidades que os sindicatos vêm enfrentando desde o final do século XX. Com o processo de internacionalização do capital e o discurso de competitividade, as empresas transnacionais começaram a demitir em massa e atacar os direitos dos trabalhadores, entre outros problemas. 

Em reação a esse processo, o movimento sindical articulou e organizou redes de cooperação para fomentar a solidariedade entre os trabalhadores que sofreram os danos desse processo de ajuste do capital. A ideia é combater juntos todas as formas de injustiça.