Escrito por: CNM CUT
A juíza federal argentina Alicia Vence processou, mas sem determinar prisão preventiva, o ex-gerente geral da Ford daquele país Peter Müller, o ex-gerente de Relações do Trabalho, Guilherme Galarraga, e chefe de segurança, Hector Sibilla, como "atores principais" de sequestro e tortura de 24 trabalhadores dirigentes durante a ditadura.
Em sua decisão, a juíza considerou provado que os três facilitaram "os dados pessoais de cada um" dos trabalhadores sequestrados e permitiram "que se montasse um centro de detenção" na fábrica.
O advogado dos trabalhadores Thomas Ojea Quintana disse que o processo é uma “notícia excelente” no julgamento “de cúmplices da ditadura vinculados a grupos econômicos”. Ele também observou que a decisão da juíza deixa claro que "mesmo os civis que foram cúmplices do terrorismo de Estado, podem ser acusados de crimes contra a humanidade e, em consequência, esses crimes, mesmo ocorridos há mais de 30 anos, não são prescritos”.
(Fonte: Informativo FARCO)