O Alto-Forno 1 da Cosipa, siderúrgica do Sistema Usiminas instalada em Cubatão, entrou em operação no último dia 4, em um processo conhecido em siderurgia como Blow-in - reacendimento do equipamento. Totalmente reformado, após um investimento de US$ 117 milhões, o Forno terá a capacidade de produção diária de gusa ampliada de 3,5 mil para 4,5 mil toneladas. A modernização do Alto-Forno 1, aliada a outros projetos como a instalação de uma Máquina de Lingotamento Contínuo e um Laminador de Tiras a Quente, colocam a Cosipa, definitivamente, em um novo patamar tecnológico.
A modernização do Alto-Forno 1 da Cosipa, trará ganhos de produtividade no equipamento, que passará de 1,9 para 2,5 toneladas/m³/dia, desempenho obtido com a implantação de diversas tecnologias, como a elevação da velocidade de carregamento de matérias-primas e da confiabilidade na troca de calor (garantida pela utilização de blocos de carbono BC-8 no cadinho).
Outros diferenciais são a modernização dos Sistemas de Perfuração das Salas de Corrida, duplicação do Sistema de Granulação de Escória e a instalação de controle computadorizado de toda a produção. Agora, todo o processo produtivo no Forno será monitorado e diagnosticado por computador, permitindo uma ação mais rápida e eficiente no controle da produção. Na segurança dos trabalhadores, os ganhos são obtidos com o aumento da automação dos equipamentos que proporcionarão, por exemplo, a operação das pontes-rolantes por controle remoto.
Ganhos Ambientais
Os investimentos na modernização do Alto-Forno 1 também abrangem projetos ambientais. Um dos exemplos são os ganhos com o aumento da capacidade de captação e filtragem de ma-terial particulado, que terá emissão máxima de 40 mg/m³, atendendo a atual legislação ambiental. No Alto-Forno 1, a recirculação de efluentes líquidos chegará a 100% com a instalação de dois novos tanques de Granulação de Escória.
A reforma do Alto-Forno 1, realizada em um programa de 90 dias, demandou a mão-de-obra de mais de 3 mil empregados contratados exclusivamente para este trabalho. No total, foram movimentados 11,5 mil toneladas de equipamentos e refratários e utilizados 2,4 mil m³ de concreto.
Plano de Desenvolvimento
A reforma do Alto-Forno 1 da Cosipa integra o Plano de Desenvolvimento do Sistema Usiminas na Usina de Cubatão que, além deste projeto, inclui outras importantes obras de modernização, como a nova Máquina de Lingotamento Contínuo, que entrou em operação em abril. Em conjunto com outros projetos, como a duplicação do desgaseificador a vácuo RH Twin e a Reforma do Sistema de Despoeiramento OG dos Conversores 5 e 6. O novo Lingotamento recebeu investimentos de US$ 100 milhões e vai elevar a capacidade total de produção da siderúrgica dos atuais 4,3 para 4,65 milhões de toneladas por ano, além de ampliar a produção de aços de alto valor agregado como o aço IF (Interstitial Free), usado pelas indústrias automotiva e de eletrodomésticos e os aços API, usados na fabricação de tubos para exploração e transporte de óleo e gás.
Outro importante projeto é o novo Laminador de Tiras a Quente (LTQ 2), com capacidade de produção de 2,3 milhões de toneladas de bobinas por ano na primeira fase e 4,7 milhões na segunda. As obras de instalação do equipamento, que será fornecido pela Mitsubishi Corporation e demandou investimentos de US$ 1 bilhão, começam em agosto de 2008 e devem ser finalizadas em abril de 2011.
O Plano de Desenvolvimento do Sistema Usiminas prevê investimentos em torno de US$ 9 bilhões para expandir a capacidade de produção de aço líquido da Usiminas e da Cosipa em 5 milhões de toneladas por ano e representa, para a Usina de Cubatão, o segundo grande ciclo de investimentos na história da Cosipa, após a privatização ocorrida em 1993. Na época, a empresa produzia 3 milhões de toneladas de aço por ano. Após receber investimentos de US$ 1,3 bilhão em modernização e atualização tecnológica do parque industrial e em projetos de preservação ambiental, a capacidade produtiva aumentou para 4,3 milhões. E, agora, com estes novas investimentos, a empresa dá um novo salto de produtividade, qualidade e agregação de valor aos seus produtos.
Fonte: InfoMet