Escrito por: CNM CUT
A polícia da Coreia do Sul afirma que pelo menos 50 pessoas ficaram feridas em mais uma tentativa de expulsar cerca de 500 operários, que estão amotinados na fábrica da Ssangyong Motors, em Pyongtaek, desde 22 de maio. Os operários protestam contra as demissões na fábrica, que faliu em fevereiro.
Cerca de 100 integrantes das forças especiais da Polícia foram içados por guindastes e helicópteros para o teto do setor de pintura de automóveis da fábrica. Os operários resistiram com canos de metal e coquetéis molotov e se deslocaram para outro prédio, que estava lotado de material inflamável.
O chefe da Polícia Nacional Kang Hee-rak disse que a corporação não fará uma ação mais incisiva neste local. "Nós não designamos um tempo específico para dispersar os trabalhadores. Levará algum tempo para entrarmos no segundo setor de pintura", disse.
Segundo as autoridades, os feridos são em maioria policiais e a segurança privada contratada pela Ssangyong. Três seguranças imolados pelas chamas caíram do telhado de um dos prédios e foram para o hospital, mas não correm risco de vida. Cerca de 4 mil policiais cercam a fábrica, além do Corpo de Bombeiros.
A Ssangyong Motors faliu em fevereiro de 2009. A paralisação dos operários obscureceu as perspectivas da montadora, uma vez que as perdas na produção chegam a US$ 258 milhões.
Os funcionários permanecem reunidos para protestar contra o plano de reestruturação da companhia, que contempla a demissão de 36% da força de trabalho.
O sindicato já advertiu em comunicado que "lutará até a morte se a Polícia tentar acabar com a ocupação".
O choque entre a Polícia e os grevistas acontece depois que no domingo passado foram paralisadas as negociações entre a companhia e o sindicato, que não conseguiram chegar a um acordo sobre o número de demissões.
Fonte: Terra e Agência EFE