Escrito por: FEM-CUT/SP
Entidade apoia a proposta do governo e lembra que será importante lutar para que a medida seja aprovada no Congresso
A proposta do governo federal de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil terá grande impacto e vai beneficiar mais de 139,6 mil metalúrgicos da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT-SP (FEM-CUT/SP).
De acordo com dados da subseção do Dieese da FEM-CUT/SP, atualmente cerca de 40 mil metalúrgicos são isentos do IR por receberem mensalmente R$ 2.259,20. Com a medida anunciada pelo governo, outros 99,4 mil trabalhadores serão beneficiados, fazendo com que a isenção chegue a 64,7% da categoria.
Em todo Brasil, o aumento da faixa de isenção para R$ 5 mil vai fazer com que 1,05 milhão de metalúrgicos deixem de pagar o IR, ou seja, 78,5% da categoria em território nacional. Atualmente, apenas 774 mil são beneficiados.
A nota do Dieese, assinada pela economista Caroline Gonçalves, destaca que a proposta será importante para os trabalhadores da FEM/CUT-SP e vai além, também impactará na economia como um todo. “Trata-se de um passo significativo para promover a justiça tributária no Brasil, beneficiando amplamente o povo brasileiro e cumprindo uma das principais promessas de campanha do presidente Lula”.
Para Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, o anúncio feito pelo ministro Fernando Haddad é resultado da luta sindical para diminuir a carga tributária para o trabalhador.
“Há muito tempo estamos lutando e cobrando que a classe trabalhadora pague menos impostos. O atual modelo do IR, apesar da isenção ter sido levemente aumentada por Lula, ainda pesa no bolso dos trabalhadores, que pagam mais impostos do que os mais ricos. Aumentar a isenção para R$ 5 mil será importante para reduzir a desigualdade social”, afirma.
O sindicalista completa que a medida também tem potencial de aquecer a economia. “Se sobrar mais dinheiro para os trabalhadores, isso pode ser investido ou aplicado de diversas maneiras e, consequentemente, movimenta a economia, gerando mais empregos e renda”.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, lembra, no entanto, que para a isenção maior chegar aos trabalhadores precisa da aprovação dos deputados e senadores.
“Boa parte dos políticos no Congresso Nacional não está lá para defender a classe trabalhadores. Estão a serviço dos empresários, do mercado financeiro. Por isso, temos certeza de que farão de tudo para barrar essa medida. Será preciso muita luta do movimento sindical, da sociedade e da classe trabalhadora para que seja aprovada. A FEM-CUT/SP sempre lutou por uma isenção do IR maior e continuará nessa batalha para aprovar a proposta do governo”.