Escrito por: CNM CUT

Itaquaquecetuba: FGF inaugura fábrica de olho nas siderúrgicas

A Fundição Global Foundry - especializada em aços inoxidáveis - inaugura hoje sua terceira fábrica em Itaquaquecetuba, na região da Grande São Paulo. Com área de sete mil metros quadrados, a nova unidade dobrará a capacidade de produção da FGF a partir do ano que vem, além de permitir que a empresa fabrique peças centrifugadas de grande porte para siderúrgicas. 

No total, a FGF aplicou R$ 3,4 milhões na ampliação, sendo que 41% do montante foi financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Carlos Priolli, sócio minoritário e diretor financeiro da companhia, a maior parte da produção de aços inoxidáveis é vendida às siderúrgicas e mineradoras, que por sua vez, empregam os fundidos em seus alto-fornos. 

"Estamos focados nas grandes siderúrgicas", disse Priolli, ao informar que a empresa pretende participar mais de concorrências internacionais com a nova unidade. Em 2007, a FGF exportou cerca de US$ 13 milhões e para este ano espera chegar aos US$ 18 milhões. 

Outro fator que deve refletir positivamente no resultado de 2008 é a queda do preço do níquel. Até ontem, o preço da commodity na Bolsa de Metais de Londres (LME) acumulava queda de 46% em relação ao fechamento do ano passado. O níquel encerrou o pregão de ontem cotado a US$ 18.060 a tonelada, enquanto no fim de 2007 valia US$ 26.500. "Tínhamos pedidos com o níquel em alta desde o ano passado. Com a queda, a tendência é recuperarmos margens operacionais no ano", afirmou o executivo. 

O aço inoxidável é composto principalmente por níquel e sucata, variando conforme a aplicação. A receita prevista para 2008 é de R$ 60 milhões, 7% mais que no ano passado quando faturou R$ 56 milhões. Cerca de 80% do resultado é referente as vendas para siderúrgicas e mineradoras, setores estratégicos desde a fundação da FGF, em 1993. 

Do capital total da empresa, 90% é controlado pela família De Negri e os 10% restantes está nas mãos de Priolli. O acionista não descarta aportes estrangeiros ou de fundos de investimentos na FGF. O interesse, segundo ele, estaria no fato de a companhia participar do mesmo mercado que a japonesa Kubota, uma das líderes do setor de peças e tubos de aço inox.

Fonte: Valor