Mulheres negras de todos os cantos do país estiveram em Brasília erguendo a bandeira por justiça social e reparação
As metalúrgicas da CUT estiveram representadas nesta terça-feira (25), em Brasília, na 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras. Além das companheiras da categoria, milhares de mulheres negras de todos os cantos do país estiveram no ato que partiu do Museu Nacional da República e avançou até a Esplanada dos Ministérios.
Mulheres quilombolas, rurais, ribeirinhas e urbanas, do campo e da cidade, intelectuais negras, escritoras e guardiãs de uma longa tradição de pensamento e tradição política no Brasil, todas pedindo o fim da violência doméstica, do feminicídio e defendendo um projeto de bem viver para as mulheres negras e indígenas.
“Foi incrível estar nesta 2ª Marcha das Mulheres Negras em Brasília, estar junto com outras milhares de mulheres negras mostrando nossa força e nossa unidade, fazendo nossas vozes ecoarem por reparação e bem viver. É um momento ímpar que vai ficar pra sempre guardado na minha memória como um dia histórico de luta. Ver e estar com tantas mulheres negras nos dá esperança de termos um Brasil ideal para todos e todas”, afirmou a secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT, Christiane Aparecida dos Santos.
Para a dirigente, a Marcha é um momento de dar destaque às pautas das mulheres negras e reforçar a luta por igualdade e respeito no país.
“Foram mais de 300 anos tirando tudo de nós, inclusive a humanidade, e só pedidos de perdão para nós não bastam. Queremos reparação financeira e política, queremos dignidade, queremos viver, queremos que nossos filhos e nossos netos tenham uma vida digna, com tudo que foi tirado. A CNM/CUT faz parte dessa luta, os metalúrgicos e metalúrgicas do Brasil fazem parte dessa luta, que é a luta permanente da classe trabalhadora”, enfatizou Christiane.
* Com informações da CUT Nacional
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