Metalúrgicos intensificam mobilizações nas fábricas em campanha salarial no RS

Categoria reivindica 3% de aumento real, além da reposição da inflação que ficou em 3,83%, de acordo com o percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período

Divulgação / FTM-RS

Com poucos avanços nas mesas de negociações da campanha salarial 2023/2024, metalúrgicos da CUT de todo o Rio Grande do Sul intensificaram as mobilizações. Nas últimas duas semanas, os sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) promoveram um conjunto de ações nas portas de fábricas de diversas regiões do estado para dialogar e mobilizar os trabalhadores.

A categoria reivindica 3% de aumento real, além da reposição da inflação que ficou em 3,83%, de acordo com o percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período (de maio de 2022 até abril de 2023). A reivindicação é para as três mesas: Metalurgia, Máquinas Agrícolas e Reparação de Veículos, que tem a data-base em 1º de maio.

O presidente da FTM-RS, Lírio Segalla relatou o andamento das mesas de negociações e os impasses nas mesas de Metalurgia, que propôs apenas o índice do INPC, e de Máquinas Agrícolas, que apresentou a proposta de que o reajuste seja de, no máximo, 4,5%. Ambas as mesas negaram qualquer aumento no vale alimentação.

“É muito importante este movimento que os trabalhadores estão fazendo nas portas de fábricas, pois só vãos conseguir dar um passo adiante”, disse ele.

A próxima reunião com a patronal da Metalurgia e de Máquinas Agrícolas será na quarta-feira (24). “Vamos aumentar a mobilização para semana que vem chegarmos na mesa mais fortes e destravarmos o processo de negociação que está moroso”, afirma ele.

Questões referentes a homologação das rescisões nos sindicatos, representação dos terceirizados e temporários pelas Convenções Coletivas da categoria, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e garantia de acesso dos dirigentes aos locais de trabalho são outros pontos da pauta de reivindicação.