Metalúrgicos mineiros não aceitam reajuste abaixo da inflação e parcelado

Proposta foi feita pelos patrões durante negociações da campanha salarial 2025/26

Divulgação FEM-CUT/MG

Os metalúrgicos de Minas Gerais recusaram proposta financeira apresentada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), durante reunião realizada nesta quarta-feira, 15 de outubro.

Além de oferecer um índice de reajuste salarial abaixo da inflação, a FIEMG ainda quer voltar com o parcelamento do reajuste, aplicando 2,5% em outubro e 2,5% em janeiro, sendo que o INPC acumulado nos últimos 12 meses encerrados em setembro fechou em 5,1%.

A patronal propôs um abono único e especial de R$294,00, para trabalhadores de empresas com até 10 funcionários, e R$588,00, nas empresas com mais de 10 trabalhadores. De acordo com a FIEMG, o abono é somente para empresas que não negociam PLR.

Sobre o salário de ingresso, a patronal reajustou todas as faixas com o índice de 5%, ficando R$1.703,05 nas empresas com até 10 empregados; R$1.744,20, nas empresas com mais de 10 e até 400 trabalhadores; R$1.861,35 nas empresas com mais de 400 e até 1000 funcionários; R$2.301,35 nas empresas com mais de 1000 empregados.

A proposta da FIEMG foi considerada vergonhosa pela comissão de trabalhadores e expõe mais uma vez o sentimento de desprezo dos patrões com valorização da mão de obra de quem realmente produz e encara o dia-a-dia do chão de fábrica.

“Enquanto a produção cresce e os lucros aumentam, a FIEMG quer empurrar para os trabalhadores um reajuste que mal repõe o poder de compra. Não aceitaremos retrocessos!” destacaram dirigentes sindicais.

A contra-proposta dos metalúrgicos é clara e justa:

- 8% de reajuste salarial geral
- R$ 800,00 de abono salarial
- 10% de reajuste no piso salarial

A próxima reunião com a FIEMG está agendada para o dia 22 de outubro, às 10h, e os sindicatos estão mobilizados para defender cada direito conquistado com suor e unidade. A categoria não vai aceitar ser desvalorizada, quem produz a riqueza merece participar dela.

* Com informações da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/MG (FEM-CUT/MG)