Escrito por: CNM CUT
Em curso há 12 anos, o modelo de desenvolvimento brasileiro continua sendo referência para trabalhadores em diversos países. O país continua sendo citado em congressos de entidades sindicais em de várias categorias, particularmente na Europa e nos Estados Unidos, que ainda sofrem os efeitos das medidas de austeridade adotadas para combater a crise econômica.
Não foi diferente na 36ª Convenção do UAW (United Auto Workers), o sindicato nacional dos metalúrgicos das montadoras dos Estados Unidos, que começou na segunda-feira (2) em Detroit e reúne cerca de 1.500 delegados. O evento também conta com a presença de mais de 40 sindicalistas de 16 países, como convidados internacionais.
O Brasil foi citado durante a Conferência como modelo a ser adotado para preservar direitos sociais, garantir e ampliar empregos e reduzir as desigualdades sociais.
A UAW homenageou também os três sindicalistas brasileiros presentes, pelo empenho das entidades que integram na campanha contra as práticas antissindicais da unidade da Nissan no Mississipi: João Cayres, secretário geral e de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT); Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical, e Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores).
Segundo João Cayres, ao longo dos dois primeiros dias do evento foi analisada a situação dos trabalhadores norte-americanos e das entidades sindicais. “Na Conferência, ficou claro o jogo da política conservadora naquele país. Está em curso um ataque contra as entidades e a sindicalização de trabalhadores, para a redução de direitos. Os números mostrados são reveladores: quando o índice de sindicalização cai, o nível de pobreza aumenta. E o empobrecimento da população é crescente”, afirmou o dirigente da CNM/CUT, explicando que a legislação norte-americana prevê direitos melhores para quem é sócio dos sindicatos.
Homenagem
Na Conferência, foi eleita a nova direção da UAW. Dennis Williams é o novo presidente da entidade, substituindo Bob King. Williams era tesoureiro da entidade.
João Cayres lembrou que a relação entre a CNM/CUT e a UAW sempre foi muito forte, graças também ao empenho do presidente que deixou o cargo. “Bob King trabalhou muito com a nossa Confederação na construção da Rede Internacional dos Trabalhadores na Ford e para que a empresa firmasse um acordo marco internacional, além de diversas outras ações internacionais”, destacou.
Por esse motivo, o dirigente foi o portador de uma homenagem ao sindicalista, entregando a Bob King uma placa de agradecimento pela solidariedade e parceria com os metalúrgicos da CUT. Cayres entregou também uma placa a Dennis Williams, saudando o n ovo presidente da entidade norte-americana.
(Fonte: Solange do Espírito Santo – assessoria de imprensa da CNM/CUT)