Escrito por: CNM CUT
A projeção da absolvição de Michel Temer no TSE não animou operadores do mercado financeiro. Para eles, a vitória do peemedebista evita que o “país caia no escuro” no curto prazo, mas não impede a deterioração do quadro econômico. Há forte especulação sobre delações que estão no forno — a de Antonio Palocci à frente. Gestores do exterior sondam bancos no Brasil sobre possíveis citações. Menções a instituições de médio e grande porte poderiam derrubar de vez a economia, dizem.
Em encontro com representantes de fundos de investimento nesta quarta (7), o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), assumiu o discurso de que, se Temer conseguir se segurar no cargo, haverá a “sarneyzação” de seu governo.
O tucano também disse aos investidores que, “do ponto de vista eleitoral, o melhor para o PSDB seria deixar o governo agora”. Afirmou, porém, que não tem certeza de que isso seria “o melhor para o Brasil”.
Em Paris, onde participa de reunião ministerial da OCDE, Henrique Meirelles (Fazenda) é provocado a falar sobre a tempestade que assola o governo Temer.
O ministro começa dizendo que a crise será passageira, que o presidente vai sobreviver e que as reformas serão aprovadas no segundo semestre.
Segundo aliados, quando o interlocutor insiste na hipótese de piora do quadro político, Meirelles encerra dizendo que permanecerá no ministério.
(Fonte: Painel - Folha de S. Paulo)