Escrito por: CNM CUT
Mulheres metalúrgicas de todo país começaram nesta terça (1º) intercâmbio promovido pela CNM/CUT e discutem realidades locais e alternativas para ampliar participação sindical.
Começou na manhã desta terça-feira (1º) o Intercâmbio Sindical de Mulheres Metalúrgicas da CUT. O objetivo do encontro é trocar experiências e debater os desafios da mulher sindicalista em diferentes regiões do Brasil. As 20 participantes de todo país iniciaram a programação na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), em São Bernardo do Campo (SP), onde conheceram o plano de ação da entidade e falaram sobre suas expectativas em relação à atividade.
Nesse momento, por exemplo, foi possível dialogar sobre as diversas realidades das mulheres sindicais, como a da dirigente Roberta dos Santos Francisco, do Sindicato dos Metalúrgicos de Extrema (MG). Segundo ela, sua entidade carece de representação feminina. “As próprias mulheres são machistas. Infelizmente, elas acreditam que o papel de lutar pelos direitos do trabalhador é apenas do homem. Por isso, precisamos intensificar ações para levar a mulher metalúrgica para a vida sindical. A ideia é aperfeiçoar nosso projeto também a partir da experiência das companheiras de outras localidades”, contou.
Pela primeira vez participando de intercâmbio desse tipo, Patricia Pereira Guimarães, do Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo, está surpresa com o aprendizado que adquiriu já na manhã desta terça. Para ela, o intercâmbio é uma maneira de aprimorar o conhecimento que obteve no último encontro do Coletivo de Mulheres da CNM/CUT (veja aqui). “É a forma de me preparar para os desafios que estou encontrando no meu primeiro mandato no Sindicato. O conhecimento adquirido nesses projetos facilita o diálogo com o trabalhador. Os assuntos da vida sindical devem ser aprofundados”, disse.
Em seu primeiro ano de mandato, Karina Coutinho dos Santos, do Sindicato dos Metalúrgicos de Pouso Alegre (MG), avaliou que o evento é um meio para esclarecer diferentes temas sindicais. “Em pouco tempo, tivemos uma aula sobre o processo histórico da CNM/CUT e o quanto essas entidades são importantes para nossa luta”, afirmou, ao referir-se à primeira atividade do intercâmbio. “Estou aqui para tirar dúvidas sobre o Contrato Coletivo Nacional de Trabalho e o Macrossetor da Indústria, por exemplo, e trazer um pouco da realidade que vivemos em Pouso Alegre”, completou.
Entre as principais atividades da semana estão o encontro com as mulheres do Macrossetor da Indústria da CUT, com participação da presidenta da Confederação Nacional dos Químicos (CNQ/CUT), Lu Varjão, e debate com o Coletivo de Mulheres da CUT. Elas também visitarão a planta da Ford em São Bernardo do Campo para conhecer a organização dos trabalhadores naquela fábrica.
Ao final das atividades, elas participarão, como convidadas, do 3º Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC, que acontecerá entre quinta-feira e sábado (3 a 5). O evento é promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, terá como um dos temas o direito à licença maternidade de 180 dias.
(Fonte: Shayane Servilha – assessoria de imprensa da CNM/CUT)