Escrito por: CNM CUT

Sorocaba é sede do primeiro Seminário Internacional dos Trabalhadores na ZF

Representantes dos trabalhadores brasileiros e alemães iniciaram quinta-feira (15) na cidade de Sorocaba, o primeiro Seminário Internacional dos Trabalhadores na ZF, organizado para promover o intercâmbio de idéias entre os funcionários e representantes sindicais dos dois países. O evento terminou nesta sexta-feira (16).

Participam dos debates, representantes do IG Metall (Alemanha), o maior sindicato metalúrgico do mundo, da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), dos sindicatos que representam os trabalhadores das plantas no Brasil - Araraquara, Sorocaba, São Bernardo do Campo (SP) e Belo Horizonte (MG) - e das entidades que colaboraram com a realização do evento: os Institutos Observatório Social e Rosa Luxemburgo e a Fundação Friedrich Ebert.

Há muito tempo os representantes tentam organizar um encontro internacional dos trabalhadores na ZF. 'Essa é uma vitória para a organização dos trabalhadores, já que a união internacional interfere em outras instâncias na hora de negociação', disse Lothar Wentzel, dirigente do IG Metall.

Há um ano Lothar esteve no Brasil com uma comitiva alemã contribuindo para a criação da rede mundial da Mahle, que deu certo e gerou boas negociações entre os sindicatos e a empresa. 'A experiência mostrou que as redes estão dando certo. E o próximo passo é a constituição da rede na ZF', completou.

O representante alemão disse ainda que o seminário não é apenas um evento de dirigentes sindicais, mas de trabalhadores que vivem o dia-a-dia do chão de fabrica, e que serão beneficiados nas negociações. 'Os empresários estão muito bem organizados por conta da globalização, mas os trabalhadores ainda não. As redes ajudam a acabar com isso', enfatizou.

A delegação européia visitou algumas plantas da ZF brasileira antes do encontro e constataram algumas diferenças entre a situação dos trabalhadores brasileiros se comparados aos alemães.

'O grupo ZF na Alemanha deve tomar providências sobre as condições dos trabalhadores no Brasil, pois a situação que vimos não é satisfatória', disse Lila Rademacher, diretora executiva regional da IG Metall.

Durante o evento, foram feitas apresentações do panorama sindical em cada um dos países. Nesta sexta, os representantes dos trabalhadores vão discutir os problemas específicos da ZF tanto no Brasil, como na Alemanha.

No mês de maio, é a vez da delegação brasileira viajar para a Alemanha para dar continuidade às discussões com os companheiros europeus.

Fonte: Assessoria de Imprensa CNM/CUT