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Trabalhadores da GV ameaçam entrar em greve pela Campanha Salarial

Se não houver nova proposta nas próximas 48 horas, uma greve poderá ocorrer na GV do Brasil.

Publicado: 23 Setembro, 2022 - 14h50 | Última modificação: 23 Setembro, 2022 - 14h53

Escrito por: Guilherme Moura

Guilherme Moura
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Os trabalhadores da fábrica GV do Brasil, em Pindamonhangaba, estão ameaçando entrar em greve pela Campanha Salarial e pela PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Uma nova paralisação foi realizada nessa sexta-feira, dia 23, e a proposta da empresa foi reprovada.

Uma paralisação já havia ocorrido no começo do mês para cobrar abertura de negociação com a empresa. A direção da fábrica chegou a apresentar uma proposta sobre a PLR, com o mesmo valor do ano passado, mas ela foi reprovada.

Os trabalhadores também aprovaram que o Sindicato dos Metalúrgicos entregue um comunicado de greve à empresa. Se não houver nova proposta nas próximas 48 horas, uma greve poderá ocorrer na GV do Brasil.

A fábrica é do ramo do aço, assim como a Gerdau. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, as rodadas de negociação com a bancada patronal deste segmento são as que estão mais difíceis, com ameaça de retirada de direitos trabalhistas e parcelamento do reajuste salarial. A Campanha Salarial é feita de forma conjunta, pela FEM-CUT/SP (Federação dos Metalúrgicos da CUT) com os 13 sindicatos filiados.

De acordo com o presidente do Sindicato, André Oliveira, o comunicado de greve entregue também reivindica o aumento real de salário. O índice da inflação medido pelo INPC, que serve de parâmetro para as negociações, ficou em 8,83%.

"Teve uma redução na inflação, o índice geral ficou em 8,83%, mas o preço dos alimentos só subiu, ficou bem maior, em 13,47%. Os trabalhadores merecem e precisam de um reajuste que compense o que eles já perderam ao longo do ano, pagando tudo mais caro", disse André.

Segundo o dirigente sindical Paceli Alves, a produção na GV no último ano tem se mantido acima da média todos os meses. Em junho, a fábrica anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão, para duplicar o setor produtivo. O ramo do aço é um dos principais responsáveis pelo aumento nos valores de exportações do município.

A GV do Brasil é uma unidade do grupo Simec e atualmente tem cerca de 400 funcionários em Pinda.