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História

Os (as) metalúrgicos (as) foram a primeira categoria a organizar-se enquanto ramo no interior da CUT, cumprindo deliberação do 3º Congresso Nacional da Central, realizado em 1988.

A Confederação é uma entidade orgânica à CUT, que nasceu para representar e organizar nacionalmente os sindicatos do complexo metal-mecânico.

Em 1989, foi fundado, em Congresso, o Departamento Nacional dos (as) Metalúrgicos (as) da CUT. Três anos depois, em 23 de março de 1992, no 2º Congresso da categoria, o Departamento foi transformado na Confederação Nacional dos (as) Metalúrgicos (as) da CUT. Nesse mesmo Congresso, deliberou-se pela filiação da entidade à Federação Internacional dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica (FITIM).

Em seu 3º Congresso, em 1995, os (as) delegados (as) aprovaram um projeto de atuação direta na formação de trabalhadores (as) empregados (as) e desempregados (as), por meio do Programa Integrar, e concederam o título de Presidente de Honra da CNM/CUT ao companheiro Luis Inácio Lula da Silva.

Em seu 4º Congresso, em 1998, a Confederação aprofundou o debate sobre a organização sindical e realizou um importante Seminário Internacional sobre Formação Profissional e Políticas de Emprego. Definiu ainda a participação efetiva da CNM/CUT na campanha eleitoral para a Presidência da República, em apoio à Frente Popular de partidos formada naquele ano.

Em 2001, no 5° Congresso Nacional da categoria, foi formulada e aprovada a estratégia de disputa de hegemonia dos (as) metalúrgicos (as) e definidos os seguintes espaços prioritários para a ação dos sindicatos: Lutas Gerais na Sociedade, Políticas Públicas e ações no Chão da Fábrica, visando também o controle do Processo Produtivo.

Ainda nesse mesmo Congresso, a CNM foi a primeira entidade de trabalhadores (as) a definir o engajamento formal na Campanha à Presidência da República. Esta resolução contribuiu efetivamente para que, pela primeira vez na história, fosse eleito um trabalhador para a Presidência do País: Luiz Inácio Lula da Silva.

Foi aprovado ainda, a estrutura e o processo de luta pelo Contrato Coletivo Nacional Articulado. E após o Congresso, num Seminário inédito, foi estabelecido o processo de relações Sul-Sul entre Sindicatos Progressistas da África do Sul, Coreia e do Brasil. Esta aliança continua contribuindo para o estabelecimento de estratégias junto ao movimento internacional.

O 6° Congresso dos (as) Metalúrgicos (as), em julho de 2004, foi extremamente representativo, contando com a participação de todas as posições políticas comprometidas com os interesses dos (as) trabalhadores (as), fortalecendo assim a unidade dos (as) metalúrgicos (as) da CUT que, ratificando sua independência, reafirmaram seu apoio às medidas progressistas do Governo Lula que favoreciam a classe trabalhadora. Este Congresso foi dedicado à comemoração dos 10 anos de implantação das cotas na CUT, contando com uma ativa bancada feminina, e aprovou uma resolução regulamentando o instrumento da cota na CNM, Federações e Sindicatos. Também criou a Secretaria da Mulher.

Já o 7º Congresso, realizado em junho de 2007, estabeleceu como principal luta dos metalúrgicos e metalúrgicas de todo o país a conquista do CCNT (Contrato Coletivo Nacional de Trabalho), objetivando diminuir as desigualdades econômicas regionais, propondo a redução da jornada de trabalho, a constituição de um piso salarial nacional e a OLT (Organização no Local de Trabalho). Também importante foi a criação da Secretaria de Formação e da Secretaria de Saúde, Previdência Social e Meio Ambiente como forma de melhor organizar as ações da Confederação nestas duas importantes áreas de atuação sindical.

Em 2011, o 8º Congresso estabeleceu plano de lutas com 13 pontos, centrado na continuidade da campanha pelo Contrato Coletivo Nacional de Trabalho, na defesa de mais e melhores empregos e do produto nacional e na participação dos fóruns de definição da política industrial brasileira, visando o desenvolvimento sustentável e a soberania nacional. O Congresso definiu ainda pelo aprofundamento da formação sindical para os militantes da base e ações para aumentar o número de sindicatos e federações filiadas, além do fortalecimento das redes sindicais nacionais e internacionais de trabalhadores.  Foram aprovadas ainda a criação das Secretarias da Juventude e da Igualdade Racial.

No 9º Congresso, em abril de 2015, entre as principais resoluções aprovadas estão: o fortalecimento da organização no local de trabalho, por meio de Comitês Sindicais de Empresas e das CIPAS (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes), das redes sindicais e de ações articuladas entre os sindicatos de base, inclusive com o Macrossetor da Indústria da CUT (que reúne metalúrgicos, químicos, têxteis e trabalhadores na alimentação e na construção); reafirmar a pauta mínima do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho nas campanhas salariais da categoria; propor ao governo que na política industrial haja mecanismos que assegurem contrapartidas sociais para a concessão de recursos públicos às empresas, além de garantir programa de proteção ao emprego.

No que se refere às políticas gerais e permanentes da CNM/CUT, foram definidas diversas ações que garantem a continuidade e a ampliação de ações nas áreas de formação, saúde do trabalhador, igualdade racial, mulher, juventude e políticas sindicais, além de estratégias de política sindical que fortaleçam as entidades da categoria e ampliem a base cutista no país.

O 10º Congresso da CNM/CUT, realizado em 2019, ocorreu em um momento muito singular da história de nosso pais e da classe trabalhadora brasileira, sofríamos as consequências do golpe e impeachment da presidenta Dilma, em 2016. Uma sucessão de episódios como as Reformas Trabalhista e da Previdência e a PEC do Teto, marcam esse período de retirada de direitos históricos dos (as) trabalhadores (as). Como parte estratégica do golpe, a partir de uma operação fraudulenta já escancarada, Lula foi preso e impossibilitado de se candidatar a presidência em 2018. Apesar dos grandes movimentos democráticos reunidos em torno de uma candidatura progressista, foi eleito Jair Bolsonaro.

Chega à presidência um representante dos interesses de uma burguesia nacional entreguista, numa aliança entre milícias e empresários fundamentalistas religiosos, aprofundando uma agenda politica e econômica neoliberal, sucateando a indústria nacional e estabelecendo um estado mínimo de direitos à custa da precarização das condições de vida da população brasileira, especialmente das mulheres, negros e negras, da comunidade LGBTQIA+ e dos povos originários.

Por esse motivo, o tema do 10º Congresso foi “LULA LIVRE - Democracia, Nenhum Direito a Menos, Soberania Nacional e Liberdade Sindical”. Um congresso marcado por um plano de lutas comprometido com a defesa da democracia, reiterando a resistência e a luta pela garantia de empregos, direitos, contra toda e qualquer prática antissindical, contra o genocídio da população negra. Neste Congresso inauguramos a 1ª Conferência Nacional de Igualdade Racial – MARIELLE FRANCO: “Por um estado democrático de direito, contra o genocídio da população negra” e estabelecemos diálogos permanentes com o Comitê Lula Livre, reiterando que a luta pela democracia supunha a liberdade e a absolvição de Lula.

Com relação às políticas gerais e permanentes, foram aprovadas resoluções que garantem a continuidade e a ampliação de ações nas áreas de formação, saúde do (a) trabalhador (a), igualdade racial, de gênero, juventude, com destaque para resoluções direcionadas a formação sindical para qualificar e ampliar a representação e a organização sindical de base.

No que tange ao eixo Organização Sindical, os debates e resoluções reafirmaram um processo de mudanças organizacionais da CNM, mais articulada a instrumentos como o Macrossetor da Indústria da CUT e rumo à unificação das entidades sindicais. A fragilização financeira das estruturas sindicais foi matéria de resoluções, firmando o compromisso das Federações e Sindicatos metalúrgicos com a sustentação da CNM/CUT e da CUT, reconhecendo suas funções históricas e estratégicas para a organização da categoria metalúrgica.

Durante o Seminário de Relações Internacionais, que precede o Congresso e que reúne a comunidade internacional sindical, foram debatidos os impactos da Indústria 4.0 e sua relação com as pautas referentes à transição justa, fortalecimento e defesa da indústria nacional e dos direitos e empregos da classe trabalhadora.

Com o aumento da informalidade e das formas de contratação precárias, ampliou-se o número de trabalhadores (as) desprotegidos (as) de seus direitos, sem representação sindical e cobertura de negociações coletivas, diante disso, também foram aprovadas resoluções que apontam a necessidade de criação de instrumentos de negociação que envolva a todos (as) os (as) trabalhadores (as), independentemente do tipo de contratação ou vínculo formal de trabalho. Também foi referendada a busca pelo Contrato Coletivo Nacional de Trabalho, indo na contramão do individualismo imposto pela Reforma Trabalhista.

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