Sorocaba: Metalúrgicos na Dana conquistam reajuste e abono salarial
Após um dia de paralisação, os trabalhadores na Dana em Sorocaba realizam assembléia e aprovam por unanimidade a proposta feita pelos representantes patronais
Publicado: 19 Setembro, 2008 - 00h00
Escrito por: CNM CUT
Os trabalhadores na Dana (autopeças), em Sorocaba, pararam a produção por um dia na última quarta-feira (17) e conquistaram 11,01% de reajuste e R$ 800 de abono salarial. Devido ao impasse nas negociações com a bancada estadual do Grupo 3, que reúne autopeças, forjarias e fábricas de parafusos, os metalúrgicos da CUT decidiram, no último final de semana, decretar greve e iniciar paralisações por fábrica, em busca de acordos que atendam às reivindicações da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT-SP (FEM/CUT-SP).
Áudio: Metalúrgicos encerram campanha salarial
Na quarta-feira, a paralisação na Dana começou na entrada do primeiro turno, às 7h. Os patrões marcaram negociação apenas para às 15h do mesmo dia. Os metalúrgicos decidiram manter a paralisação no período da manhã e conquistaram a adesão dos trabalhadores do segundo turno, a partir das 14h.
Sindicato e empresa sentaram para negociar às 15h. Por volta das 17h o Sindicato saiu da negociação com a proposta de 11,01% de reajuste de abono de R$ 800. A proposta foi aprovada em assembléia pelos trabalhadores, que permaneciam parados em frente à empresa, na zona industrial de Sorocaba.
O pessoal do segundo turno entrou para o trabalho por volta das 17h30. A proposta foi aprovada pelos trabalhadores do primeiro turno na quinta-feira, dia 18.
Garra e determinação
"Estamos impressionados com a garra e o grau de organização dos companheiros da Dana. Desde o primeiro minuto de paralisação sentimos a união e a determinação do pessoal, que exigia um bom acordo como forma de reconhecimento pelo tanto que produzem para a empresa", afirma Valdeci Henrique da Silva, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.
"Essa mobilização e unidade dos companheiros na Dana foi o que que possibilitou a conquista. Agora vamos à luta em outras fábricas do Grupo 3 na região de Sorocaba", conclui o dirigente sindical.
Além de Sorocaba, os metalúrgicos do ABC e de Taubaté também realizam paralisações nas fábricas do Grupo 3.