MENU

7/10: CNM/CUT chama sindicatos para a luta por um mundo solidário e mais justo

No Dia de Luta por Trabalho Decente, em nota entidade fala sobre o processo tecnológico e a relação capital trabalho, a importância dos sindicatos e do maior engajamento nas eleições de 2022

Publicado: 07 Outubro, 2022 - 09h59 | Última modificação: 07 Outubro, 2022 - 18h42

Escrito por: Direção CNM/CUT

Edson Rimonatto (Rima)
notice

Nesta sexta-feira, 7 de outubro, é celebrado o Dia de Luta por Trabalho Decente, condição fundamental para superação da pobreza e redução das desigualdades no mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a CNM/CUT vem a público para chamar sindicatos e federações filiadas para a luta por um mundo solidário e mais justo.

A entidade, em nota, fala sobre o processo tecnológico e a relação capital trabalho, a importância dos sindicatos e de maior engajamento nas eleições de 2022. [Veja abaixo o documento completo em 3 idiomas: português, inglês e espanhol]

7 de Outubro dia de Luta por Trabalho Decente

O processo progressivo de desenvolvimento tecnológico tem implicado, há algum tempo, o avanço das inovações tecnológicas enquadrados na chamada revolução 4.0. Essa revolução e o estágio do desenvolvimento tecnológico têm sido caracterizados pelo desenvolvimento de uma tendência ao automatismo e à incorporação e articulação de sistemas cibernéticos-físicos. 

O impacto concreto que esse processo tem na organização do trabalho pode ser resumido em processos generalizados de incorporação de tecnologias da informação, automação de porções ou processos globais de produção e remanejamento do processo produtivo (e, portanto, da força de trabalho).

O que tem acontecido é o aumento da produtividade das empresas, a otimização dos recursos, a redução dos tempos de produção e, principalmente, a eliminação de empregos. Além disso, o aumento da exploração daqueles que vivem do trabalho por um grupo menor de capitalistas.

Em países como o nosso, além de periféricos e dependentes, acentuado pela heterogeneidade estrutural, pela condição de ser tomadores de inovações tecnológicas e desenvolver extensos elos produtivos no trabalho com baixo valor agregado e processos de produção facilmente automatizados. 

Esses impactos acontecem de diferentes maneiras, mas não ocorrem no mundo desenvolvido. Nesse sentido, é imprescindível desenvolver uma agenda de trabalho que, em primeiro lugar, reivindique a distribuição do trabalho. 

Se as inovações tecnológicas possibilitam melhorar a produção em termos de desempenho, também deve ter impacto no cuidado com o meio ambiente e no bem-estar dos trabalhadores. A redução da jornada de trabalho sem redução de salários ,não é apenas necessária, do ponto de vista da distribuição do trabalho, mas justa em termos de socialização dos benefícios. 

Para serem efetivos os ganhos, a terceirização deve ser fortemente restringida e deve haver sistemas efetivos que promovam a negociação e contratação nacional , o que somente é possível com sindicatos livres , democráticos e organizados de acordo com os interesses dos trabalhadores.

A implantação de sistemas de renda mínima solidária, no qual seja garantido a todas as pessoas um recurso capaz de atender as necessidades de crescimento humano independente de estar trabalhando ou não é  urgente como forma de distribuição de riquezas gerada socialmente.

É fundamental também uma política tributária na qual os ricos sejam pessoas físicas ou empresas, paguem os impostos proporcionalmente aos seus lucros e dividendos e evitem a evasão fiscal. 

Por último, particularmente para os nossos países, devemos avançar em direção a uma agenda internacional que exige a integração regional e produtiva, a complementaridade e a geração de cadeias destinadas a dignificar as condições de trabalho e agregar valor a ela.

Neste 7 de outubro, dia global pelo trabalho decente, nós da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT chamamos todos os sindicatos do mundo a refletirem e traçarem ações concretas em torno das bandeiras acima citadas para construirmos um mundo solidário e menos desigual.

Particularmente neste momento estamos engajados num processo de luta que é definidor de nossa vida com repercussões não somente no Brasil mas em parte considerável do mundo.

Portanto, nossas ações de luta por trabalho decente se materializam no engajamento mais forte de nossos sindicatos e militância na eleição do Companheiro Lula da Silva como presidente do Brasil no dia 30 de Outubro. 

A Luta Continua, até a vitória, sempre!

São Bernardo , 6 de outubro de 2022

Direção da CNM-CUT

 

Inglês

October the 7th , day of Fight for Decent Work

 

The progressive process of technological development has for some time involved the advancement of technological innovations framed in the so-called 4.0 revolution.

This revolution and stage of technological development have been characterized by the development of a tendency to automatism and the incorporation and articulation of cyber-physical systems. The concrete impact that this process has on the organization of work can be summarized in generalized processes of incorporation of information technologies, automation of global production or processes of production and redeployment of the production process (and, therefore, of the workforce). The summary of the foregoing has been the increase in the productivity of companies, the optimization of resources, the reduction of production times and, mainly, the elimination of jobs, the staff employed, and the number of hours worked, in other words the increase in the exploitation of those who live from work, through the appropriation of the added value in hand of each time a smaller group of capitalists

 In countries like ours, in addition to peripheral and dependent, this is accentuated by structural heterogeneity, the condition of being makers of technological innovations and developing extensive productive links at work, with low added value and easily automated production processes.  These impacts in different ways also do not occur in the developed world.

In this sense, it is essential to develop a work agenda that, first of all, demands the distribution of work. If technological innovations make it possible to improve production in terms of performance, it should also have an impact on care for the environment and the well-being of workers.

The reduction of working hours without reduction of wages is not only necessary from the point of view of the distribution of work, but fair in terms of socialization of benefits. That to have effective achievements, the subcontracting must be strongly restricted and there must be effective systems that promote national collective bargaining and contracting, with the promoting of strong, democratic and free unions organized  in accordance with the interests of the workers.

The implementation of minimal income systems would be guaranteed to all people a minimal income capable of meeting the needs of human growth regardless of this working or not, as a form of distribution of rich generates socially.

Fundamental also as a tax policy where the rich regardless are individuals or companies pay the tax proportionally to their profits and dividends and avoiding tax evasion

Finally, particularly for our countries, we must move towards an international agenda that requires regional and productive integration, complementarity and the generation of chains aimed at deigning working conditions and adding value to it

On this October 7, global day for decent work, we, The National Confederation of Metallurgist of CUT(CNM-CUT) call on all unions in the world to reflect and pull against actions around the above-mentioned flags to build a world of solidarity and less inequality.
Particularly, in this moment we are engaged in a process of struggle that is defining our coming with repercussions on not only in Brazil but in a considerable part of the world.

Therefore, our actions to fight for decent work will materialize in the stronger engagement of our unions and militancy in the election of Comrade Lula da Silva as president of Brazil on the 30th of October.


The Fight Continues, until victory, always!

 

Espanhol

7 delutubro día de Lucha por Trabalho Dcente

El proceso progresivo de desarrollo tecnológico ha implicado durante algún tiempo el avance de las innovaciones tecnológicas enmarcadas en la llamada revolución 4.0.

Esta revolución y etapa de desarrollo tecnológico se han caracterizado por el desarrollo de una tendencia al automatismo y la incorporación y articulación de sistemas ciber físicos. El impacto concreto que este proceso tiene en la organización del trabajo se puede resumir en procesos generalizados de incorporación de tecnologías de la información, automatización de la producción global o procesos de producción y redistribución del proceso productivo (y, por tanto, de la fuerza laboral). El resumen de lo anterior ha sido el aumento de la productividad de las empresas, la optimización de los recursos, la reducción de los tiempos de producción y, principalmente, la eliminación de puestos de trabajo, el personal empleado y el número de horas trabajadas, es decir, el aumento de la explotación de quienes viven del trabajo, a través de la apropiación del valor añadido en mano de cada vez un grupo más reducido de capitalistas.

En países como el nuestro, además de periféricos y dependientes, esto se acentúa por la heterogeneidad estructural, la condición de ser hacedores de innovaciones tecnológicas y desarrollar amplios vínculos productivos en el trabajo, con bajo valor agregado y procesos productivos fácilmente automatizados.  Estos impactos de diferentes maneras tampoco ocurren en el mundo desarrollado.

En este sentido, es imprescindible desarrollar una agenda de trabajo que, en primer lugar, reivindique la distribución del trabajo. Si las innovaciones tecnológicas permiten mejorar la producción en términos de rendimiento, también deberían tener un impacto en el cuidado del medio ambiente y el bienestar de los trabajadores.

La reducción de la jornada laboral sin reducción de salarios no solo es necesaria desde el punto de vista de la distribución del trabajo, sino justa en términos de socialización de las prestaciones. Que para tener logros efectivos  la subcontratación debe estar fuertemente restringida y haber sistemas efectivos que promuevan la negociación y contratación colectiva nacional, con la valoración de sindicatos fuertes , democráticos y organizados de acuerdo con los intereses de los trabajadores.

La imposición de sistemas de renta mínima se garantizaría a todas las personas una renta mínima capaz de satisfacer las necesidades del crecimiento humano independientemente de que este sea urgente o no laboral como forma de distribución de los ricos que genera socialmente.

Fundamental también una política fiscal donde los ricos son individuos o empresas pagan los impuestos proporcionalmente a sus ganancias y dividendos evitando la evasión fiscal

Finalmente, particularmente para nuestros países, debemos avanzar hacia una agenda internacional que requiera integración regional y productiva, complementariedad y la generación de cadenas orientadas a dignificar las condiciones de trabajo y agregarle valor.

En este 7 de octubre, día mundial por el trabajo decente, los de la Confederación Nacional de Metalúrgicos de la CUT hacemos un llamado a todos los sindicatos del mundo a reflexionar y tirar en contra de las acciones en torno a las banderas antes mencionadas para construir un mundo solidario y menos desigual.
Particularmente en este momento estamos inmersos en un proceso de lucha que está definiendo nuestra venida con repercusiones no sólo en Brasil sino en una parte considerable del mundo.

Por lo tanto, nuestras acciones para luchar por el trabajo decente se materializarán en el compromiso más fuerte de nuestros sindicatos y militancia en la elección del camarada Lula da Silva como presidente de Brasil el 30 de Otubro.


La lucha continúa, hasta la victoria, ¡siempre!