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70% dos deputados são contra o fim da escala 6×1, mostra pesquisa

Direção da FEM-CUT/SP condena o posicionamento dos parlamentares e destaca a importância da mobilização para avanços na redução de jornada. Assine o abaixo assinado da CNM/CUT sobre o tema!

Publicado: 03 Julho, 2025 - 14h36 | Última modificação: 03 Julho, 2025 - 14h42

Escrito por: FEM/CUT-SP

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Na Câmara dos Deputados, em Brasília, 70% dos parlamentares são contra o fim da escala de trabalho 6×1. É o que aponta uma pesquisa divulgada pelo Instituto Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2). Segundo o levantamento, apenas 22% dos deputados são favoráveis à medida e outros 8% não souberam ou não quiseram se posicionar.

O levantamento ouviu 203 deputados (40% do total da Câmara) com amostragem definida com base em extratos de região e posicionamento ideológico dos partidos. As entrevistas foram realizadas entre os dias 7 de maio e 30 de junho. A margem de erro estimada é de 4,5 pontos percentuais.

O projeto, de autoria da deputada federal Erika Hilton (Psol), tem sido a principal bandeira de mobilização dos movimentos populares e pretende estabelecer a jornada máxima de trabalho de 36 horas semanais em quatro dias por semana, sendo oito horas de trabalho mais uma hora de almoço por dia.

Para a direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), o resultado da pesquisa é preocupante e escancara o distanciamento da maioria do Congresso Nacional em relação à realidade vivida pelos trabalhadores e trabalhadoras do país. “A escala 6×1 representa um modelo exaustivo que compromete a saúde física e mental, restringe a convivência familiar e dificulta o acesso ao lazer e à vida social. Defender o fim desse modelo é lutar por dignidade, valorização e qualidade de vida no ambiente de trabalho”, enfatiza Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP.

O sindicalista completa que a resistência ao debate sobre jornadas mais humanas revela o compromisso de grande parte do Legislativo com os interesses do capital e não com os direitos da classe trabalhadora.

“A FEM-CUT/SP reitera que é possível pensar em modelos de produção sustentáveis e eficientes que não explorem a força de trabalho até o limite. Exemplos bem-sucedidos já foram implantados em sindicatos filiados à nossa entidade. Por isso, seguiremos mobilizados, junto à CUT e aos movimentos sociais, por uma jornada justa, com descanso adequado e condições que priorizem o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras”, destaca ele.

Max Pinho, secretário-geral da entidade, afirma que o avanço da pauta só será possível com a mobilização da classe trabalhadora.  “A luta por um Brasil mais justo também passa pelo direito ao tempo livre, ao descanso e à vida plena fora do chão da fábrica. E é por isso que não aceitaremos retrocessos. É hora de o Congresso ouvir quem constrói esse país todos os dias. Por isso, temos que cobrar os deputados, temos que ocupar as ruas e as redes para fazer valer a vontade do povo”. 

Assine o abaixo assinado da campanha da CNM/CUT

A CNM/CUT está disponibilizando em sua base em todo o país um o abaixo-assinado que será entregue em Brasília no dia 13 de agosto para pressionar os deputados e senadores para terem mais agilidade ao tratar da pauta da redução da jornada de trabalho, sem redução de trabalho e fim da escala 6x1. Se você ainda não assinou o documento, pergunte ao dirigente sindical como fazê-lo