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Aliança entre Caterpillar e Navistar International é boa possibilidade para mercado

Publicado: 13 Abril, 2009 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A oficialização de joint venture da Caterpillar com a Navistar International, anunciada em junho, promete agitar o mercado nacional de veículos comerciais e de motores com o anúncio de planos de expansão que incluem o Brasil. O contrato define a produção de caminhões extrapesados vocacionais com a marca Caterpillar pela Navistar para o mercado da América do Norte e a expansão nos negócios de caminhões, motores e equipamentos em países como Austrália, África do Sul, Brasil, China, Turquia e a Rússia.

Por presumida determinação da matriz a International Caminhões negou-se a comentar o assunto e, ao enviar o material sobre a joint venture, suprimiu as informações referentes ao mercado brasileiro.

É cedo para definir os desdobramentos do negócio, mas algumas alternativas podem ser consideradas. Sem produção de caminhões no País e com linha limitada de motores a união garantiria à Caterpillar entrar no mercado de caminhões e aumentar seu fornecimento de motores. Neste caso a International Caminhões poderia ser a responsável pela produção dos caminhões rodoviários e a MWM International pela complementação da linha de motores, ambas empresas do Grupo Navistar.

A crescente adoção de caminhões rodoviários nos segmentos de construção civil e mineração seria uma das razões. Entretanto fonte ligada ao setor garante que a entrada de mais um competidor no mercado de veículos comerciais causaria reações: "Este é um mercado extremamente competitivo que deve atingir cerca de 100 mil unidades comercializadas este ano. A entrada de um novo competidor mudará as margens de participação".

Manter a operação de motores independente poderia seria outra alternativa. A empresa detém considerável participação no mercado interno e externo, com negócios próprios na China e na Índia.

De acordo com especialista esta possibilidade é muito difícil. Para ele o mais provável seria a compra da unidade de motores pela MAN, detentora da operação de veículos comerciais da Volkswagen, para quem a MWM International fornece. A razão seria a resistência das fabricantes alemãs de caminhões a adotar motores terceirizados. E poderia complementar a linha de motores da MAN num momento em que a VW prepara-se para lançar sua picape média.

A aquisição provocaria mudanças na participação de mercado da Cummins, que divide com a MWM International boa parte do fornecimento de motores diesel.

Fonte: Autodata