Caraíba garante bons resultados da Paranapanema
Publicado: 16 Agosto, 2006 - 08h00
Escrito por: CNM CUT
As duas principais empresas do grupo Paranapanema, que no total controla quatro subsidiárias no setor de mineração e metalurgia, garantiram um bom primeiro semestre para o grupo. A Caraíba Metais, produtora de cobre eletrolítico, obteve um lucro no período de R$ 134,8 milhões, crescimento de mais de 400% sobre os primeiros seis meses do ano passado, quando o lucro foi de R$ 31,9 milhões. Outro destaque positivo foi a Eluma , com lucro de R$ 39,4 milhões. O lucro consolidado do grupo no período foi de R$ 112,4 milhões, cerca de 1.600% acima do mesmo período de 2005.
Já a holding Paranapanema apresentou prejuízo de R$ 41,5 milhões por conta de despesas financeiras sobre debêntures de seus acionistas. As outras duas controladas, a Taboca e a Cibrafértil também fecharam o semestre com prejuízo de R$ 46,5 milhões e R$ 9,3 milhões, respectivamente.
Geraldo Haenel, presidente da Paranapanema, destacou o crescimento do faturamento do grupo, que foi de R$ 1,9 bilhão, e o lajida, de R$ 252 milhões. Ele observou, porém, que a holding continuará a fechar no vermelho enquanto tiver debêntures. Ela tem uma dívida de R$ 1 bilhão com seus acionistas debenturistas, os fundos de pensão Previ, Petros, Sistel, Aerus e o BNDES.
A Previ é o maior acionista isolado, detendo 49,17% do capital total da companhia. As debêntures dos fundos vencem em dezembro de 2007, à exceção das do BNDES, já vencidas em junho.
Na avaliação de Haenel, os bons números do balanço semestral poderão ajudar a agilizar um acordo entre os debenturistas e a holding para permitir sua capitalização e reestruturação societária. A idéia é a conversão de parte dessas debêntures em ações e a entrada de novos acionistas, como o fundo americano Cornell Capital Partners.
Perguntado sobre a entrada da Cornell e sobre a operação de recebíveis da Eluma nas negociações, Haenel confirmou que o fundo americano será sócio da holding. Segundo o executivo, o contrato já está assinado e o aporte será de R$ 80 milhões, mas ele não quis dar maiores detalhes da operação.
O presidente espera que 2006 seja um bom ano para a Paranapanema, seja por conta das altas das commodities no mercado internacional - o grupo produz cobre eletrolítico, laminados de cobre, latão, estanho, liga ferro-nióbio-tantâlo - , seja pelas boas exportações, que responderam até junho por 60% da produção das quatro controladas e representou faturamento de R$ 1,1 bilhão.
Haenel espera que no segundo semestre todas as subsidiárias fechem em azul. Nos próximos meses, a Taboca, cuja produção ficou paralisada no primeiro semestre, deverá voltar a produzir mais de 3 mil toneladas de estanho. O preço do metal no mercado internacional está na faixa de US$ 8.500, incluindo frete.
Fonte: Valor