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Carro popular muda e custa até R$ 40 mil

Publicado: 10 Agosto, 2006 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

O conceito de carro popular está desvirtuado. Quando foi criado, em 1993, durante o governo de Itamar Franco, a idéia era oferecer um produto básico para atrair consumidores de menor renda. O projeto teve incentivo do governo, que fixou a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 0,1%. Naquela época, os modelos mais baratos, Uno e Fusca, custavam R$ 7.200 (cerca de US$ 7 mil). Hoje o IPI do popular é de 9%, ainda inferior ao dos demais modelos, que começa em 15%. O carro mais barato no País ainda é o Uno, agora com 22 anos e chamado apenas de Mille, que custa R$ 21,6 mil (cerca de US$ 9,8 mil).

A criação do popular alavancou as vendas da indústria automobilística. Elas passaram de 764 mil unidades para 1,2 milhão em 1994, chegando ao recorde de 1,9 milhão três anos depois. Desde então, a indústria tenta recuperar essa marca.

Hoje, os carros do segmento de populares ainda são os mais vendidos. Foram responsáveis por 58,8% das vendas em junho, participação que em anos anteriores chegou a 70%. A terminologia de popular é usada para todos os veículos com motor 1.0. Mas alguns chegam a custar R$ 40 mil, caso do Clio Privilége, que tem vários opcionais e acabamento mais sofisticado.

Modelos com motor 1.0 são exclusivos do Brasil. Muitas montadoras estão preferindo motorizações 1.3 e 1.4, que dá melhor retorno financeiro e possibilidade de exportação.

Fonte: Valor