CNM/CUT assina manifesto em defesa de trabalhadores demitidos da Yazaki, no Uruguai
Fabricante japonesa de autopeças anunciou fechamento de duas fábricas no país vizinho depois de 18 anos de operação
Publicado: 31 Janeiro, 2025 - 13h30 | Última modificação: 31 Janeiro, 2025 - 16h06
Escrito por: Redação CNM/CUT

A CNM/CUT e mais dez entidades sindicais da América Latina assinaram um manifesto em solidariedade aos mais de 1300 trabalhadores e trabalhadoras demitidos da multinacional japonesa Yazaki, que depois de 18 anos de operação fechou duas unidades no Uruguai. A fabricante de autopeças anunciou nesta quinta-feira (30) o fechamento das fábricas em Colônia do Sacramento e Las Piedras, e transferiu as operações para a Argentina e Paraguai.
No texto, as entidades expressam solidariedade ao sindicato uruguaio UNTMRA (Union Nacional de Trabajadores del Metal y Ramas Afines), e exigem que através de uma negociação tripartite (governo, empresa e sindicato) se encontre uma solução para que o país não se desindustrialize e que os trabalhadores não fiquem sem sua fonte de renda. Clique aqui e leia o documento das entidades sindicais.
"Uma falta de respeito com um país e seus trabalhadores. Sem nenhum aviso prévio ou negociação a empresa fecha suas portas. Isso é inaceitável. Estados irmanados com as e os uruguaios, nos somamos à rede de solidariedade de Nuestra América em torno da Central PIT-CNT que está conduzindo a resistência e organizando a luta", afirmou o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Michel Vasconcelos.
Segundo um comunicado emitido pela empresa, “a decisão do fechamento se deve aos altos custos de produção da operação do Uruguai, que afetam significativamente as chances da empresa de competir nos mercados globais, e às constantes paradas de produção ordenadas pelo sindicato, que comprometem a entrega de produtos aos clientes da Yazaki”.