MENU

CNM/CUT completa 32 anos de idade, conectando a luta metalúrgica no Brasil

Entidade que representa a categoria metalúrgica dentro da CUT celebra aniversário

Publicado: 23 Março, 2024 - 00h10 | Última modificação: 27 Março, 2024 - 11h31

Escrito por: Redação CNM/CUT

notice

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) completa neste sábado, 23 de março, 32 anos de fundação. São mais de três décadas de luta em defesa dos metalúrgicos e metalúrgicas do Brasil. Para celebrar a data, a entidade lançou a marca do aniversário, que tem como tema “Conectando a luta metalúrgica no Brasil”, durante o encontro com presidentes de sindicatos, realizado na quarta-feira (20), no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SP).

Para ter acesso aos arquivos da marca comemorativa de 32 anos da CNM/CUT, clique aqui neste link.

Os metalúrgicos foram a primeira categoria profissional a organizar-se enquanto ramo no interior da CUT. Em 1989 foi fundado o Departamento Nacional dos Metalúrgicos da CUT, o embrião da entidade. Três anos depois, em 23 de março de 1992, no segundo Congresso da categoria, o Departamento transformou-se na Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, nomenclatura que permanece até os dias de hoje.

Veja as falas de alguns companheiros e companheiras que conectam a luta metalúrgica pelo país, sobre a importância da entidade.

Loricardo de Oliveira, presidente da CNM/CUT, metalúrgico de São Leopoldo (RS)

“Os 32 anos demonstram a capacidade que tem a categoria metalúrgica da CUT de construir uma ferramenta tão importante quanto a CNM/CUT. Essa Confederação que trata desde o local de trabalho, desde os seus sindicatos, trata pautas nacionais, relações internacionais, que trata as injustiças no local de trabalho, que busca diminuir as desigualdades no local de trabalho e fora dele. Uma entidade que é integrada à Central Única dos Trabalhadores, a nossa CUT, integrada com os ramos na indústria da CUT. O desafio que nós temos pela frente, olhando para o futuro, serão as oportunidades que a CNM/CUT teve e tem de construir pautas nacionais e de enfrentamento. Enfrentamento a tantas retiradas de direitos que nós tivemos nos últimos anos, como teve nos dois últimos governos federais, que foram desafiadores para a Confederação para manter empregos, manter direitos. Agora, passado esse período turbulento, nós temos a oportunidade de aumentar a nossa capacidade de representação e aumentar nossa representação no Brasil. Esse é o desafio dos Metalúrgicos da CUT, um desafio das Metalúrgicas da CUT, que inclui  também dar oportunidade para essa juventude que está chegando no mercado de trabalho conhecer a CNM/CUT, conhecer o trabalho dos sindicatos, fortalecendo essa ferramenta estratégica para alcançar o desenvolvimento do país. Sem sindicatos, sem federações, sem confederação, a gente não tem democracia, a gente acaba tendo um aprisionamento dos direitos. São 32 anos de luta, 32 anos de muita experiência para os próximos períodos nós lutarmos em busca do que a gente precisa que é direitos, salários e dignidade. Somos fortes, somos CNM/CUT!”

Maria de Jesus, secretária de Mulheres da CNM/CUT, metalúrgica de Manaus (AM)

“Antes de tudo, quero dizer que tenho muito orgulho de fazer parte dessa Confederação Nacional dos Metalúrgicos(a). Essa data tem que ser comemorada e muito. São 32 anos de luta, de parceria com toda classe metalúrgica do Brasil e do mundo, porque a CNM/CUT expande seus horizontes, levando seu nome, suas lutas, suas conquistas a vários lugares. A defesa da mulher metalúrgica é fruto de todo trabalho que a CNM/CUT desenvolve. As mulheres já tiveram muitos avanços como formação, qualificação profissional, diminuição da desigualdade no mercado de trabalho, a luta contra o assédio moral no local de trabalho, o enfrentamento à misoginia e violência de gênero, a promoção da igualdade. Outra conquista das mulheres metalúrgicas foi a lei da igualdade salarial entre homens e mulheres. E tantas outras lutas que, junto a CNM/CUT, tivemos grandes resultados. Viva a CNM/CUT! Viva a força da mulher metalúrgica!”

Christiane Aparecida dos Santos, secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT, metalúrgica de Pouso Alegre (MG)

“Quero parabenizar a nossa Confederação por esses 32 anos de luta em defesa dos metalúrgicos e metalúrgicas do Brasil. É motivo de muito orgulho pra mim fazer parte de uma Confederação que tem compromisso com toda a classe trabalhadora, que luta verdadeiramente por um país mais justo e igualitário, que entende que a questão racial é primordial para alcançarmos essa igualdade tão sonhada e tão desejada. Ao longo dessa trajetória de luta, conseguimos através das nossas formações, através das ações do nosso coletivo, que a questão racial fosse permanentemente pautada e debatida nos nossos sindicatos e federações. Tem um ditado que diz que a gente não nasce negra a gente se torna, e a CNM/CUT teve um importante papel de fazer com que as pessoas se tornem negras, se tornem antirracistas. Ainda existe muito por fazer para alcançarmos a igualdade racial no trabalho e na vida, mas continuamos sempre na luta enquanto houver desigualdade. Por isso somos a CNM/CUT!”

Maicon Michel Vasconcelos, secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, metalúrgico do Grande ABC (SP)

“A CNM/CUT há 32 anos cumpre o papel de uma articuladora regional e mundial da classe trabalhadora, seja nas questões relacionadas à América Latina e ao desenvolvimento do sul do mundo, com a parceria com outros sindicatos da África, Ásia, e do Leste Europeu, o chamado Sul Econômico Global, seja com os países de capitalismo desenvolvido, como Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França e Inglaterra. Nós temos esse papel de articulador da classe trabalhadora através das redes sindicais de trabalhadores e trabalhadoras, que é uma ferramenta fundamental para nossa organização de base, e através dos convênios de formação e solidariedade internacional com as lutas da classe trabalhadora pelo mundo todo. Além de conectar as lutas da América Latina, das regiões entre si enquanto classe trabalhadora, as lutas do povo em Cuba, nos Estados Unidos, na Alemanha, na Espanha, em Portugal, nos países africanos, nos países do ocidente europeu ou do sudoeste da Ásia, que têm o mesmo perfil, e buscam mais direitos, melhores condições de trabalho e uma vida digna para classe trabalhadora. Então essa é a luta que a CNM/CUT faz parte, ela conecta essas lutas globais com as lutas locais que nós temos nas nossas fábricas, na nossa organização no local de trabalho, porque se o capitalismo ele se move e se organiza de forma mundial, também a classe trabalhadora tem que se organizar e se movimentar de forma global”.

Erick Pereira da Silva, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT-SP, metalúrgico de São Carlos (SP)

“Essa capacidade da CNM/CUT de articular as forças da classe trabalhadora brasileira do ramo metalúrgico, como ela fez no encontro de presidentes dos sindicatos na última quarta-feira (20), capacidade de compor com os outros ramos da CUT dentro da central, representando o que a gente entende como a classe trabalhadora brasileira organizada, dos seus sindicatos, essa capacidade de articulação, essa capacidade de interlocução, e de levar para frente as pautas nacionais do ramo o metalúrgico, acho que são a principal marca da CNM/CUT nesses 32 anos”.