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CNM/CUT promove encontro inédito de Coletivos de Mulheres, Juventude e Igualdade Racial

Atividade acontece na Escola Florestan Fernandes, ligada ao MST. Ideia é fortalecer política da Confederação e potencializar agenda de debates e ações de cada tema.

Publicado: 04 Agosto, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Coletivos de Igualdade Racial, Mulheres e Juventude debatem agenda comum

Começou nesta terça-feira (2) o encontro dos Coletivos Nacionais de Mulheres, Igualdade Racial e Juventude da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT). Pela primeira vez, os três coletivos realizam esta atividade em conjunto. O objetivo é articular e integrar a política dos coletivos da Confederação e elaborar planos de ação. 

A atividade, que reúne um grupo de 50 pessoas composto por representantes das federações e sindicatos de bases estaduais, está acontecendo na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP). A escola é um centro de educação e formação idealizado e mantido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Participaram da mesa de abertura o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, e os secretários de Juventude, Silvio Ferreira, de Mulheres, Marli Melo, e de Igualdade Racial, Christiane dos Santos. Além deles, também estão no encontro as secretárias de Formação, Michele Marques, e de Comunicação, Cláudia Marques da Silva.

A secretária de Mulheres destacou a integração inédita dos três coletivos para o fortalecimento e articulação das políticas da CNM/CUT. “São temas transversais. Este encontro empodera jovens, mulheres e negros para fortalecer e potencializar as políticas e ações sindicais nos espaços de participação dentro das federações e sindicatos”, avaliou Marli.  “Os secretários acompanham e orientam, mas cabe aos integrantes levarem as propostas encaminhadas durante o encontro”, completou.

Para Silvio, a juventude é um dos principais agentes de transformação e construção da sociedade democrática no mundo. “Vivemos um momento histórico na categoria, pois 63% dos metalúrgicos cutistas são jovens. O propositivo do coletivo é justamente fomentar a participação ativa da juventude metalúrgica no ambiente de trabalho e, assim, construir novos quadros de dirigentes”, explicou.

Crédito: CNM/CUT
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Da esq. para direita: Paulo Cayres, Christiane, Silvio e Marli


Já Christiane lembrou do processo de construção do Coletivo que coordena, por meio do curso “Combate ao Racismo para a Construção da Igualdade Racial”, que sensibilizou as entidades de metalúrgicos cutistas para o tema, a partir da troca de experiências e da formação teórica. “A criação do Coletivo foi diferente porque teve tem o intuito de debater e elaborar propostas para superação do racismo no mundo do trabalho e na sociedade. Somos mais um instrumento para combater o racismo e é um compromisso do movimento sindical lutar pela igualdade, principalmente, na questão racial”, afirmou a secretária.

Em sua intervenção Cayres falou da agenda de mobilizações em defesa da democracia e contra o golpe da oposição ao mandato da presidente Dilma Rousseff. “Este é o momento para reafirmar a importância da unidade da classe trabalhadora. Nós, metalúrgicos, vamos participar desta agenda porque não podemos permitir retrocesso nas conquistas dos trabalhadores e sociais”, disse.

Ainda nesta terça-feira, os dirigentes vão fazer um debate sobre a redução da maioridade penal em uma conversa com Douglas Belchior, professor de história e sociologia e militante da Uneafro (União de Núcleos de Educação Popular para Negro e Classe Trabalhadora).

Amanhã, cada Coletivo fará reunião específica, para debater temas que dizem respeito diretamente à sua área de atuação.

ENFF
No início desta tarde, os dirigentes conheceram a estrutura da ENFF. O nome Florestan Fernandes é uma homenagem a um dos maiores pensadores brasileiros. que tinha como princípio colocar o conhecimento a serviço da libertação da classe trabalhadora brasileira.

Crédito: CNM/CUT
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Grupo conheceu a estrutura da ENFF no início desta tarde

Atualmente, a escola é dirigida por militantes e educadores populares do MST e realiza cursos para os movimentos sociais brasileiros e da América Latina. A escola recebe o apoio de 500 professores voluntários nas áreas de Filosofia Política, Teoria do Conhecimento, Sociologia Rural, Economia Política da Agricultura, História Social do Brasil, Conjuntura Internacional, Administração e Gestão Social, Educação do Campo e Estudos Latino-americanos.

Além disso, oferece cursos superiores e de especialização, em convênio com mais de 35 universidades (por exemplo, Serviço Social e Direito) e mestrado em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe, por meio de convênio com a UNESP e Cátedra UNESCO de Educação do Campo. A ENFF também mantém convênio com mais de 15 escolas de formação em outros países.

De acordo com Josuel Rodrigues, guia da entidade, “a Escola mantém o princípio que não deve receber recursos governamentais, para manter a autonomia político-ideológica de fidelidade apenas à classe trabalhadora”.

(Fonte: Shayane Servilha - Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)