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Com a MMX, AVG e LGA operações em Minas são fortes

Publicado: 15 Julho, 2008 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O empresário Eike Batista tem um braço comprido em Minas Gerais na área de mineração. Em 2006, entrou no setor por meio do Sistema Minas-Rio, da sua controlada MMX Mineração, com investimentos previstos de US$ 2,35 bilhões para extrair minério de ferro em Conceição do Mato Dentro, Região Central do estado, e transportá-lo até o Porto de Açu, no Rio de Janeiro, por um mineroduto próprio de 525 quilômetros de extensão. Do projeto, também constava a construção, em Açu, de uma usina de pelotização para exportação. O sistema ficou pouco tempo nas mãos de Eike - como ocorre, aliás, com boa parte de seus emprendimentos. Em abril do ano passado, o empresário vendeu 49% do controle do Minas-Rio para a gigante Anglo American por US$ 1,15 bilhão. Pouco tempo depois, a Anglo arrematou os 51% restantes, num negócio estimado em US$ 5,5 bilhões.

A MMX, contudo, continuou nas mãos de Eike - e foi às compras. Em julho do ano passado, arrematou o controle total da AVG Mineração, que tinha como principal ativo as minas de Serra Azul, também na Região Central do estado e produção de 2,5 milhões de toneladas de minério. Pagou US$ 224 milhões pelo negócio, em cinco parcelas divididas por quatro anos. Em janeiro deste ano, a MMX comprou, por US$ 125 milhões, o controle total da Minerminas, que produziu 700 mil toneladas de minério de ferro no ano passado. A operação foi fechada em sete parcelas e foi concretizada pela AVX Mineração, subsidiária da MMX. O montante do investimento programado para 2008 em benfeitorias nas operações da Minerminas é de US$ 8,1 milhões, com a expectativa de que a produção anual atinja 2,6 milhões de toneladas de minério de ferro.

Finalmente, um ano depois de adquirir o controle da AVG, a MMX comprou este mês a Mina de Bom Sucesso - a 200 quilômetros de Belo Horizonte - por US$ 193,3 milhões, até então pertencente à LGA Mineração e Siderurgia. Estendendo-se por uma área de 7,5 milhões de metros quadrados, a mina é vizinha ao complexo de Serra Azul. O modelo de aquisição foi o mesmo: pagamento parcelado e previsão de um adicional, caso o volume de minério supere o teto previsto nas sondagens, o que no caso de Bom Sucesso é de 241,6 milhões de toneladas. O pagamento da última das quatro parcelas está previsto para outubro de 2010. Bom Sucesso tem início de operação estimado para 2012, com produção potencial de até 10 milhões de toneladas anuais de minério de ferro de alta qualidade, a ser destinado ao mercado de exportação.

O conglomerado empresarial de Batista, que já havia montado uma fábrica de jipes em Pouso Alegre, no Sul de Minas (já fechada) inclui atividades como as de mineração, energia, imobilliário, fontes renováveis e entretenimento. A estrela da vez do grupo é a OGX, do setor de exploração de petróleo.

Fonte: O Estado de Minas