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Com covardia e violência, polícia sul-coreana tenta invadir Ssangyong

Trabalhadores na SsangYong tentaram se defender após a violenta investida policial. Metalúrgicos ocupam a unidade há mais de dois meses em protesto contra as mais de mil demissões feitas pela montadora. Helicópteroes soltam produtos químicos na direção dos grevistas

Publicado: 04 Agosto, 2009 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A polícia da Coreia do Sul fez nesta terça-feira (4) uma tentativa violenta de invasão à fábrica da montadora SsangYong em Pyeongtaek, a 70 km ao sul de Seul, na tentativa de acabar com a ocupação da fábrica feita por grevistas e trabalhadores demitidos da empresa.

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Para se defender do ataque covarde, já que mais de 3 mil homens encurralam os cerca de 700 metalúrgicos, os companheiros reagiram atirando coquetéis molotov contra os políciais. Carros foram incendiados e uma grande nuvem de fumaça se formou no local. Os amotinados subiram no teto da fábrica e foram enfrentados pelos policiais.

Policia tenta invadir fábrica da Ssangyong nesta terça-feira. Covardia e violência estão maiores a cada diaPolicia tenta invadir fábrica da Ssangyong nesta terça-feira. Covardia e violência estão maiores a cada dia

A polícia usou caminhões com canhões de água e helicópteros para jogar bombas de gás lacrimogêneo e produtos químicos ainda desconhecidos nos trabalhadores.

Os metalúrgicos ocuparam parte da fábrica da montadora há mais de dois meses depois que a empresa anunciou a demissão de mais de mil trabalhadores. A montadora chinesa Baic é dona de 51% das ações da SsangYong.

Trabalhadores são agredidos ao tentar fazer mobilizações de apoio aos metalúrgicos na SsangyongTrabalhadores são agredidos ao tentar fazer mobilizações de apoio aos metalúrgicos na Ssangyong

Os trabalhadores querem apenas o direito de negociar democraticamente com a empresa, o que tem sido negado pelos patrões. A greve é um instrumento para a evolução do processo. A Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) apoia incondicionalmente os trabalhadores coreanos na luta em defesa de seus direitos.

Valter Bittencourt com informações do KCTU, G1 e Agência Internacionais