Com verba do governo uruguaio, ex-empregados ressuscitam companhia aérea Pluna
Publicado: 17 Maio, 2013 - 00h00
Escrito por: CNM CUT
A Pluna, companhia aérea uruguaia que encerrou suas atividades no dia 6 de julho de 2012 por causa de problemas financeiros, será administrada por uma cooperativa de ex-funcionários e recebeu um novo nome, " Alas - U " ("alas" são asas em espanhol). A informação é do jornal uruguaio "El País".
De acordo com a publicação, a "Alas-U" vai receber um financiamento de US$ 15 milhões de um fundo de desenvolvimento do governo do Uruguai (Fondes) para voltar a operar no último trimestre deste ano.
Além desses recursos, os ex-trabalhadores vão contribuir para o relançamento da companhia por meio de descontos em seus salários nos três primeiros meses de operação. O objetivo é utilizar sete aeronaves que pertenciam à Pluna - são jatos da fabricante canadense Bombardier.
A Pluna contava com uma frota total de 13 jatos da Bombardier, mas teve de devolver seis aeronaves para a fabricante canadense, pois eles eram operados por meio de arrendamento ("leasing") operacional, uma espécie de aluguel sem opção de compra. São modelos CRJ 900, para 90 passageiros.
O "El País" publicou que o novo nome da companhia aérea já foi apresentado ao presidente do Uruguai, José Mujica, que teria gostado da marca. "Alas-U" foi escolhido por uma agência de publicidade que realizou uma campanha em redes sociais.
A Pluna parou de operar após o ex-controlador, o fundo de investimentos Leadgate, ter desistido de aportar recursos na companhia.
A antiga Varig, que faliu com a bandeira Flex após um processo de recuperação judicial fracassado, chegou a ter 49% do capital da Pluna, em 1994. Em 2006, a Pluna quase faliu sob o comando da antiga Varig. Nessa época, o governo retomou o controle da companhia aérea uruguaia. Um ano depois, o Leadgate comprou 75% do capital da Pluna por US$ 15 milhões. Os 25% restantes ficaram com o governo uruguaio.
O último balanço financeiro disponível, do ano de 2011, mostra um prejuízo de US$ 8 milhões. A receita operacional bruta foi de US$ 143,6 milhões, com o Brasil respondendo por 40% desse resultado.
A Pluna chegou a operar 90 voos por semana para o Brasil, sendo umas das maiores operações internacionais no país.
(Fonte: Valor Econômico)