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Coréia do Sul: Fim da repressão contra o KCTU

Publicado: 07 Agosto, 2008 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A Confederação Sindical Internacional escreveu ao presidente da Coréia do Sul Lee Myung-bak exigindo o fim da repressão contra a Confederação Coreana de Sindicatos (KCTU) e expressando um enérgico pedido de libertação da srta. Jin Young-ok, primeira vice-presidente da entidade, e cancelamento das ordens de prisão contra outras lideranças da KCTU, da Federação Coreana de Metalúrgicos (KMWU) e do Sindicato dos Trabalhadores da Hyundai.

Foram emitidos mandatos de prisão contra o presidente e o secretário geral da KCTU, Lee Suk-haeng (foto) e Lee Yong-shik; ao presidente e ao primeiro vice-presidente da KMWU, Jung Gab-deuk e Nam Taek-gyu e contra seis diretores do sindicato dos trabalhadores da Hyundai. Assim que esses mandatos foram emitidos, a sede da Confederação foi cercada pela policia e as pessoas que entravam no prédio eram revistadas. Foram emitidos também mandatos de busca para as residências dos dirigentes sindicais e familiares deles foram colocados sob vigilância.

Depois da realização da greve geral coreana em 24 de julho ultimo, o governo autoritário de Lee Myung-bak apoiou-se em artigos do Código Penal que referem-se à "obstrução de negócios" para desencadear a repressão contra a Confederação. A greve geral coreana protestou contra a importação de carne dos EUA e a falta de segurança alimentar no país, o crescimento da inflação e tentativas de privatização.

O secretário geral da CSI, Guy Ryder, classificou as ações do governo de "totalmente inaceitáveis" e exigiU do presidente Lee "a imediata soltura de Jin Young-ok, o cancelamento dos mandatos de prisão e o fim do cerco à sede da confederação e do assédio aos sindicalistas e às suas famílias". Para Ryder, "o governo deveria iniciar imediatamente o dialogo sobre as questões de fundamental importância para os trabalhadores coreanas, ao invés de apelar novamente à repressão anti-sindical".

A repressão contra os sindicatos coreanos pode levar o país de volta aos dias negros da ditadura militar que terminou há duas décadas. O sindicalismo internacional tem que atender ao pedido dos trabalhadores coreanos e levantar-se numa forte campanha internacional pelo respeito aos direitos humanos e sindicais na Coréia do Sul.

Você e seu sindicato podem participar desse inicio de campanha enviando uma carta eletrônica de protesto contra o governo coreano e exigindo o fim da repressão.