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Delphi fecha mais uma fábrica: agora na Espanha

Publicado: 23 Fevereiro, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

A norte-americana Delphi vai encerrar a sua unidade fabril em Puerto Real, em Cádiz, Espanha, onde trabalham 1,6 mil trabalhadores, passando a ser a vigésima unidade do setor dos componentes para automóvel que fecha na Espanha, nos últimos sete anos, noticiou hoje o 'Cinco Dias'.

A fabrica de Puerto Real tem registado prejuízos operacionais 'significativos' nos últimos cinco anos, com um total de 150 milhões de euros registados, de acordo com os dados facultados pela companhia.

Aos prejuízos a Delphi refere que se somam os 'altos custos' e a 'incapacidade de atrair novos negócios de forma competitiva'.

Na Espanha, já encerraram 20 fábricas nos últimos sete anos, tendo afetado mais de 7,3 mil trabalhadores.

Em Dezembro de 2006, a Delphi em Portugal havia anunciado que a sua fábrica no Linhó, em Sintra, iria fechar essas instalações para consolidar a produção de cablagens em Castelo Branco e Guarda.

A empresa explicava na época que 'em consequência da forte redução de atividade sofrida pela Fabrica do Linhó, a Delphi é forçada a proceder à consolidação da sua atividade de produção de cablagens nas Fabricas de Castelo Branco e da Guarda, procedendo ao encerramento da Fabrica do Linhó'.

A indústria nacional de componentes para automóveis, que fechou 2005 com um volume de negócios de 4,5 milhões de euros e um efectivo de 40 mil trabalhadores, está enfrentando a primeira recessão.

Depois dos sucessivos anúncio de despedimentos e deslocalizações de produtoras de cablagens, como a Delphi, a Alcoa, a Valeo e a Yazaki Saltano, chegou a vez de dar de frente com o encerramento de fábricas de automóveis instaladas em Portugal.

No caso da General Motors (GM)na Azambuja, o anunciado fecho desta fábrica representa para o sector de componentes uma perda de faturação da ordem dos 100 milhões de euros.

No Brasil, a Delphi que viria para Ouro Fino, vai para Jacutinga

Jacutinga foi a cidade escolhida pela multinacional americana Delphi Automotive Systems para instalar a sua 11ª fábrica no país.

A empresa que esteve por muito tempo em negociação com a Prefeitura de Ouro Fino, para a instalação de sua fábrica na cidade, não chegou a um acordo com administração municipal e optou pela cidade vizinha.

A nova fábrica funciona numa área de 2,2 mil metros quadrados com cerca de 300 empregados e faz parte do investimento de US$ 30 milhões que a americana Delphi tem destinado à América do Sul anualmente, desde 1999, data que marca a separação da empresa da General Motors.

Segundo declarou o presidente da Delphi na América do Sul, Gábor Déak, ao jornal Valor Econômico de 22/01/2007, 'a nova fábrica foi erguida sem alarde em novembro e antes da inauguração, ainda a ser marcada, entrou em ritmo acelerado o que obriga a empresa a programar o terceiro turno na unidade para o final de fevereiro.'

Na avaliação da direção da Delphi, o traquejo da mão de obra da região para o artesanato se encaixa perfeitamente na necessidades da empresa. Habilidade manual é considerada regra básica na produção dos sistemas de distribuição de energia e sinal dos automóveis - equipamento que jargão da indústria automotiva leva o nome de chicotes.

Com o crescimento das vendas de carros no país aumentou-se a demanda. Para a Delphi, dona de metade desse mercado no Brasil, havia duas alternativas: ampliar a produção na fábrica já existente, em Espírito Santo do Pinhal, ou construir uma nova unidade. A empresa optou pela duas.

A reportagem do Jornal da Cidade procura por contato com a administração municipal para saber dos motivos, por parte da prefeitura, da não vinda da empresa para Ouro Fino, visto que a administração atual tão propagou, através de rádio, de seus jornais informativos, a instalação de empresa de auto-peças em imóvel no Jardim Patrícia.

Fontes: Jornal de Negócios e Ouro Fino Online