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Edna dos Santos é primeira mulher a presidir o Sindicato dos Metalúrgicos em Matão

“Mulher e negra!”, se orgulha a metalúrgica, empossada com a diretoria no último dia 7

Publicado: 14 Janeiro, 2022 - 19h14 | Última modificação: 14 Janeiro, 2022 - 19h17

Escrito por: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (SindMetal-Matão)

Divulgação
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No último dia 7, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (SindMetal-Matão) realizou a solenidade de posse da sua nova diretoria, cujo mandato começou no último dia 1º de janeiro e vai até 31 de dezembro de 2025. O evento foi realizado com todos os protocolos preventivos para se evitar a propagação da pandemia de covid-19 e da epidemia de gripe.

A Mesa Diretora da solenidade reuniu o ex-presidente e atual secretário administrativo e financeiro da entidade, Edevaldo Carlos Pinto (Di); a atual presidente, Edna Francisco dos Santos; o prefeito de Matão e presidente do SindMetal no período de 1997 a 2005, Aparecido Ferrari; o advogado da entidade, Maurício José Ercole. Também compuseram a mesa: Paulo Cayres (presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores - CUT) e Adilson Faustino (diretor financeiro da Federação Estadual dos Metalúrgicos - FEM-CUT, representando o presidente desta entidade, Erick Pereira da Silva).

Adilson empossou diretores executivos, conselheiros, delegados e respectivos suplentes, todos eleitos no pleito que aconteceu nos dias 11 e 12 de novembro de 2021, obtendo 2.292 votos de associados do SindMetal pela Chapa Única - a Número 1, ‘Por igualdade, conquistas e direitos’ – o que corresponde a mais de 96% dos votos válidos. Também se pronunciaram Di, Cayres, Ferrari e Edna.

Ao final da solenidade, Edna entregou uma placa de homenagem para Di como forma de agradecimento pelos serviços prestados aos trabalhadores enquanto presidente da entidade. Sobre a continuidade dos trabalhos de uma entidade cuja história começou em Matão há 58 anos, oficialmente no dia 15 de junho de 1963, A Comarca entrevistou Edna, a primeira mulher a presidir o SindMetal.

“Mulher e negra!”, completa a metalúrgica, com orgulho.

Veja a entrevista completa:

Desde quando você trabalha como metalúrgica?

Comecei a trabalhar na Marchesan no dia 6 de março de 2013, como operadora de solda automática. Naquele ano, éramos mais ou menos 30 mulheres no chão-de-fábrica; hoje temos aproximadamente 50 mulheres lá na Marchesan.

Como surgiu a vontade de integrar o SindMetal?

Não foi bem uma vontade, foi algo bem natural. Certa vez, questionei um diretor da entidade, Antonio Luiz de Oliveira (Dobrada), querendo saber por qual motivo o informativo do SindMetal tinha o nome de ‘O Companheiro’, pois faltava uma abrangência maior dedicada às mulheres metalúrgicas, tanto no chão-de-fábrica como na entidade. Um ano após, fui escolhida como integrante da Cipa na Marchesan, função que exerci de 2014 a 2018. Ainda como ‘cipeira’, ingressei no SindMetal em 2018.

Você foi suplente da Diretoria Executiva entre 2018 e 2021. Por que você quis exercer essa função?

Aceitei o convite feito para representar as mulheres do chão- -de-fábrica. Me comprometi e me engajei mais na luta por direitos e conquistas das mulheres e essa participação me trouxe mais reconhecimento da Diretoria Executiva, dos conselheiros, delegados e suplentes, bem como no próprio chão-de-fábrica, sobretudo junto às mulheres.

Daí veio o convite para ser candidata e você foi eleita presidente do SindMetal?

Então... A direção da entidade entrou em consenso e me escolheu como candidata a presidente. De imediato, ponderei afirmando que poderiam contar comigo desde que eu pudesse ajudar ainda mais ao chão-de-fábrica, sobretudo as mulheres que lá estão. Homologaram a chapa, que foi para a eleição como única concorrente e obteve quase 97% dos votos válidos dos associados do SindMetal-Matão.

Quais as suas prioridades como presidente?

O mais importante neste momento é conquistar ainda mais a confiança da categoria metalúrgica como um todo. Numa conjunção, lutaremos por mais conquistas e direitos, remunerações melhores, bem como pela melhoria dos serviços que a entidade oferece aos associados.

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