Em Congresso, metalúrgicos da CUT pedem impeachment do presidente do Banco Central
“Um dos responsáveis por estar trancado o desenvolvimento do Brasil é o Campos Neto”, afirma o secretário-geral da CNM/CUT
Publicado: 09 Maio, 2023 - 20h02 | Última modificação: 09 Maio, 2023 - 21h42
Escrito por: Renata Machado (STIMMMESL) | Editado por: Érica Aragão
Uma campanha pelo impeachment do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto foi lançada na tarde desta terça-feira (9), durante o 11º Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT “Reconstruir o Brasil de forma sustentável e humanizada com trabalho decente, soberania, renda e direitos”.
“Um grande movimento começa aqui, neste Congresso. Vamos pedir o impeachment do Campos Neto. Fora o presidente do Banco Central”, afirmou o secretário geral da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira ao lançar a campanha.
Atualmente, a taxa básica de juros do país é de 13,75% ao ano e o dirigente destacou que não existe indústria forte se o estado não cumprir um papel, igualmente forte. “Um dos responsáveis por estar trancado o desenvolvimento do Brasil é o presidente do Banco Central.”
“Um país precisa ter vitórias e conquistas, se desenvolver. Por isso, a nossa categoria inicia essa grande mobilização junto à CUT e vamos derrubar o presidente do Banco Central”, garantiu Loricardo, com o apoio de um plenário lotado, que levantava cartazes contra Campos Neto.
A Secretária de Mulheres da Confederação, Marli Melo do Nascimento, acredita que esse movimento será muito importante para o Brasil.
“Nossa categoria está sendo protagonista ao propor o impeachment do presidente do BC, para que o nosso país tenha uma política de juros com mais visibilidade. Sabemos que temos um Congresso de direita, mas vamos fazer pressão e vencer”, declarou ela.
“Precisamos cassar essa cara”, enfatizou o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres ao afirmar que ele [presidente do Banco Central] paralisa a economia nacional ao manter os juros altos, apesar da diminuição da inflação. “O Campos Neto é um bolsonarista e boicota o nosso governo. Nós não vamos permitir.”
De acordo com Cayres, o movimento chegará até o Senado Federal e a pressão será muito importante.
“O presidente do Banco Central é um fascista e genocida. Pois ao manter a taxa dos juros em 13,75%, provoca mortes do nosso povo que precisa de emprego, que acaba reduzido por essa política. Portanto, não é apenas um gesto simbólico da CNM. Vamos fazer muita pressão para tirar esse cara”, prometeu.
O 11º Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT acontece até quinta-feira (11), em Guarulhos (SP).