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Em Ouro Branco-MG, Gerdau Açominas demite 300 no último bimestre

Publicado: 01 Abril, 2009 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A Gerdau Açominas, uma das maiores siderúrgicas do país, demitiu cerca de 300 empregados em Ouro Branco (MG) no último bimestre, segundo o Sindob (Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco e Congonhas). Desde outubro do ano passado cerca de 500 demissões passaram pelo sindicado --ou 10% do quadro da usina, pelos cálculos da entidade.

"São funcionários de todos os níveis: engenheiros, eletricistas, mecânicos, soldadores, gerentes. E pode ter mais demissão", disse o diretor de divulgação do Sindob, Afrânio Guedes Filho. Houve ainda a dispensa de 1.200 terceirizados, de acordo com Guedes Filho.

Segundo o diretor do sindicato, houve um gradual enxugamento no quadro da empresa, "sem pausa", mas nos últimos meses o processo se acelerou, apesar de os trabalhadores terem aprovado medidas que reduziam benefícios do último acordo coletivo.

No boletim do sindicato publicado ontem, a entidade disse que pediria ao governo a redução do ICMS para "estancar" as demissões.

Em 2006, a Gerdau Açominas aumentou sua capacidade de produção de 3 milhões de toneladas anuais para 4,5 milhões de toneladas de aço líquido por ano. Para isso, contou com o financiamento de R$ 345,4 milhões do BNDES.

Em nota, a Gerdau Açominas "confirma que, infelizmente, desligou alguns colaboradores próprios após a tomada de uma série de medidas para adequar a produção à menor demanda por aço como, por exemplo, antecipação de férias e paradas para manutenção". A empresa não confirma o número de 1.700 empregados diretos e indiretos demitidos.

Usiminas

A Usiminas também demitiu 41 engenheiros na última sexta-feira --36 em Belo Horizonte e cinco em Ipatinga (MG). Todos eles já estavam aposentados. Ao todo, a empresa já demitiu 354 pessoas em Ipatinga, de 8.646 empregados.

Segundo a empresa, o desligamento "foi realizado em função da readequação dos prazos de execução do projeto da nova usina de placas de Santana do Paraíso (MG)". A crise econômica é apontada como principal responsável.

A nota da Usiminas acrescenta que eles poderão ser recontratados "quando a demanda se justificar". A empresa diz ainda que as reduções de seu quadro são pontuais e seguem critérios, priorizando empregados já aposentados ou em condições de se aposentar.

Fonte: Agência Folha