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Fórum Social Mundial no Brasil discute alternativas de transformação social global

“O Fórum Social Mundial é uma oportunidade para mostrar um novo caminho para a indústria brasileira”, afirma o secretário geral da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira

Publicado: 19 Janeiro, 2023 - 19h17 | Última modificação: 19 Janeiro, 2023 - 19h25

Escrito por: Redação CNM/CUT

Fórum Social Mundial
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Entre 23 e 28 de janeiro será realizada mais uma edição do Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre, local da primeira edição do evento em 2001. O objetivo é se contrapor ao Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente em Davos, na Suíça, que reúne os maiores representantes do capitalismo do mundo. Enquanto em Davos se discutem ideias para manter o domínio do capital sobre o planeta, em Porto Alegre os debates serão para construção de alternativas para uma transformação social global.

Segundo o secretário de Organização e Política Sindical da CUT-RS, Claudir Nespolo, o Fórum Social Mundial organiza a agenda da resistência ao ideal neoliberal e predatório do planeta, aproximando as entidades que estão na luta por um outro mundo possível. “É o momento também de afirmação da democracia como elemento estratégico para a classe trabalhadora aqui e em qualquer lugar do mundo”, completa o dirigente.

O retorno a Porto Alegre logo após a eleição do presidente Lula para o terceiro mandato é simbólico, pois marca posição de que o Brasil está de volta aos debates em defesa dos direitos humanos, da inclusão social e do combate às desigualdades, temas que ficaram marginalizados após o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff em 2016 e a eleição de Jair Bolsonaro em 2018.

“A vitória do Lula foi um lampejo de esperança depois de um tempo de muitos retrocessos”, afirma Nespolo. “O mundo caminha para uma onda daquilo que definimos como neoliberalismo fascista, que aumenta a desigualdade e rompe a democracia. A eleição do Lula significa uma retomada que pode influenciar outros lugares, já que o que acontece aqui o mundo debate”, avalia o dirigente cutista.

Indústria em debate

O formato da nova edição do FSM será mais enxuto, concentrando as atividades na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Serão realizados debates presenciais e híbridos. A organização ficará a cargo das centrais sindicais e dos movimentos populares do RS e do Brasil. Em 25 de janeiro será realizada a tradicional marcha.

Durante o evento, a CNM/CUT e a IndustriALL Brasil realizarão uma mesa de debates na sede da CUT/RS, no dia 26, das 14h às 17h. O tema da mesa será “Indústria e Sustentabilidade”. 

O secretário-geral da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, avalia que o Fórum Social Mundial é uma oportunidade para mostrar um novo caminho para a indústria brasileira. “Essa indústria precisa preservar o meio ambiente, olhar o trabalho decente com qualidade, ver a Indústria 4.0 como perspectiva de futuro e de distribuição de renda para que as pessoas possam trabalhar menos e ter mais tempo para seu lazer e sua família”, enumera o dirigente.

Para mais informações sobre o Fórum Social Mundial, acesse o site: https://www.fsm.org.br/