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Fundição: Schulz, de Joinville, eleva lucro no semestre

Publicado: 13 Agosto, 2009 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Ao contrário da maioria dos balanços já divulgados o da Schulz, de Joinville, SC, mostra alta de 31% no lucro líquido do primeiro semestre na relação com o mesmo período de 2008: R$ 21,5 milhões, dos quais R$ 19,8 milhões consolidados no segundo trimestre, elevação de 78,4% sobre o período correlato do ano passado.

Em relatório a diretoria atribui o resultado à redução das despesas operacionais e ao bom resultado financeiro. O resultado operacional atingiu R$ 29,7 milhões no segundo trimestre, elevação de 45,8% sobre o registrado no mesmo período do ano passado. Já o financeiro superou R$ 20,4 milhões, quase cinco vezes o valor registrado no segundo trimestre de 2008, principalmente pelo efeito da apreciação do real.

Ao longo do primeiro semestre a Schulz reduziu seu quadro funcional em 23,5%, correspondendo a cerca de quinhentas demissões. Em 30 de junho empregava 1 mil 632 pessoas - contra 2 mil 129 em 30 de dezembro de 2008.

A fabricante de fundidos encerrou o semestre com receita bruta de R$ 207,7 milhões, retração de 28% sobre os R$ 287,6 milhões anteriores. O índice é fortemente influenciado pelo menor nível de exportações, na ordem de 56,5%, e pela desaceleração interna, 24,3%. Já o segundo trimestre apresentou alta de 9,7% sobre o primeiro, ficando próximo a R$ 109 milhões, resultado sustentado principalmente pelo desempenho da divisão de compressores, que cresceu 34,4% no período.

A expectativa da diretoria é a de recuperação nos próximos meses, decorrência da elevação da demanda interna de caminhões pesados, principal linha de atuação da companhia. A Schulz também atua nos mercados de ônibus, picapes LCVs, máquinas agrícolas e tratores.

Com relação ao mercado externo o entendimento é o de que as ações de cunho comercial em andamento devem surtir efeitos positivos em prazo mais longo, principalmente pela complexidade dos negócios, com destaque para projetos de migração, nos quais o cliente passa a contar com a Schulz como fornecedora de itens já existentes. Isto, segundo a companhia, demanda transição mais lenta de processos operacionais.

Fonte: Valor