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Início da negociação com a patronal marca a semana em São Leopoldo

Reivindicação deste ano é o reajuste de 10% para repor o poder aquisitivo do salário, perdidos entre 2019 e 2024

Publicado: 18 Julho, 2025 - 11h21 | Última modificação: 18 Julho, 2025 - 12h03

Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo

Divulgação
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Com a campanha salarial 2025/2026 em andamento, essa semana marcou o início das reuniões de negociação com a entidade patronal. Na quarta-feira (16), representantes do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) e dos patrões realizaram a primeira rodada de negociação. Além disso, a mobilização nas portas de fábricas da região segue intensa para informar e mobilizar os trabalhadores da base.

A decisão do governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, de impor uma sobretaxa de 50% sobre as exportações brasileiras foi destaque nas manifestações da patronal. “Começou a choradeira dos patrões. Eles afirmam que muitas fábricas vão fechar por conta da taxação do Trump e que por isso não tem como dar o reajuste aos trabalhadores”, disse o presidente do STIMMMESL, Valmir Lodi.

De acordo com ele, as medidas do presidente estadunidense afetam sim a economia, mas cabe aos governantes e órgãos competentes resolver. “É uma questão de política internacional. Nós estamos lutando por reajuste e convenção coletiva para os trabalhadores da nossa base, que estão pegando junto com o Sindicato.”

Segundo Valmir, caso alguma empresa enfrente dificuldades, a entidade sindical está aberta para negociar. “Cada caso é um caso, e vamos conversar, porém não vamos abrir mão de reajuste salarial e não vamos aceitar retirada de direitos”, finaliza.

A reivindicação deste ano é o reajuste de 10% para repor o poder aquisitivo do salário, perdidos entre 2019 e 2024, período em que aumentou consideravelmente o custo de vida no Brasil. Entre as outras reivindicações estão o fim do teto para o reajuste, o piso salarial de R$ 2.101,41, vale alimentação de R$ 815,57 (correspondente ao valor atual da cesta básica de acordo com os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese), sem vínculo com assiduidade.

As lutas pelo fim da jornada 6X1 e pela isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5.000,00 também integram as bandeiras defendidas na campanha salarial. A data-base da categoria é 1º de julho e uma nova reunião com a patronal deve ocorrer ainda este mês.