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Makita garante que permanece ativa em São Bernardo

Publicado: 14 Novembro, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

Empresa assume compromisso com os trabalhadores de ficar na cidade por tempo indeterminado e afirma que nova fábrica no Paraná terá outros produtos.

A Makita garantiu à direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que mantém a fábrica de ferramentas elétricas em São Bernardo, independentemente da unidade que constrói na cidade de Ponta Grossa, no Paraná.

A notícia, levada ontem em assembléia, trouxe certo alívio ao chão de fábrica. Desde o início do ano os trabalhadores se mobilizavam para saber quais eram os planos da empresa e sobre o futuro do emprego aqui.

'A Makita assumiu o compromisso de produzir em São Bernardo por tempo indeterminado', disse Paulo Dias, diretor do Sindicato e trabalhador na fábrica, após uma reunião com representantes da empresa. O teor da reunião está registrado em ata.

Mesmo assim, afirmou Paulo Dias, os trabalhadores querem fazer valer esse compromisso.

O Sindicato e o Sistema Único de Representação vão cobrar investimentos em novos produtos e na nacionalização de peças, além da formalização do contrato de trabalho de 71 companheiros e companheiras contratados por tempo determinado, estagiários ou terceiros.

Intranquilidade - No início do ano surgiu a notícia da nova fábrica, porém a multinacional não dava informações detalhadas sobre ela. Essa situação contribuiu para a piora no ambiente de trabalho, já que a apreensão era grande. Os trabalhadores se mobilizaram e fizeram atos de protesto à espera de uma resposta.

'O posicionamento da empresa é resultado da nossa pressão e da mobilização da sociedade, que começava a se mexer pela manutenção da planta aqui em São Bernardo', avaliou Paulo Dias.

Segundo ele, a saída da fábrica da cidade não traria prejuízos só aos trabalhadores, mas a toda região, considerando empregos diretos e indiretos e impostos recolhidos em toda a cadeia.

A empresa revelou ao Sindicato que irá produzir no Paraná uma nova linha de produtos e que a decisão decorre do aumento na venda de ferramentas.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC