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Metalúrgicos da CUT debatem motor do futuro no interior de SP, nesta quinta (23)

Presidente da CNM/CUT disse que encontro sobre motor Hibrido Etanol desafia o próximo passo, o debate nacional. Loricardo ressaltou: “este debate faz parte do projeto de país que queremos"

Publicado: 21 Junho, 2022 - 18h48 | Última modificação: 22 Junho, 2022 - 14h17

Escrito por: Redação CNM/CUT

Divulgação
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Na próxima quinta-feira (23), em São José dos Campos, interior de São Paulo, metalúrgicos e metalúrgicas de diversas regiões do país vão participar do debate “Híbrido Etanol: o Motor do Futuro”, organizado pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT no estado (FEM/CUT SP), União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e pelo Centro Multidisciplinar de Pesquisa em Combustíveis, Biocombustíveis, Petróleo e Derivados (CEMPEQC).

Com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), o debate sobre o Motor Hibrido etanol vai acontecerá no Parque Tecnológico da cidade, a partir das 9h presencialmente e virtualmente marcado para iniciar as 10h. [veja abaixo a programação e informações de como participar do evento]. Com a presença de especialistas e representantes das principais entidades e empresas da área, a quarta edição do evento tem como tema “O Novo Ciclo do Etanol”. Nos três eventos anteriores, o debate foi sobre a viabilidade e futuro desse modelo híbrido, aliando sustentabilidade, desenvolvimento e visão de futuro para o Brasil.

A ideia deste debate envolve um sistema híbrido, composto por um motor a etanol associado a um motor elétrico, e a perspectiva real do motor à célula de hidrogênio, gerado a partir do etanol. Seriam alternativas aos veículos elétricos, sem a necessidade de serem carregados na tomada e com a vantagem de ter uma pegada de carbono menor do que a dos veículos somente elétricos.Apesar do Brasil já ter consolidado o etanol como uma alternativa limpa à gasolina, a indústria automobilística mundial passa atualmente por uma de suas maiores reinvenções e caminha para a eletrificação, mas esse domínio pode não ser absoluto, afirma o presidente da FEM/CUT SP, Erick Silva.

“O veículo com motor hibrido etanol é um debate que, nós metalúrgicos CUTistas de São Paulo, já estamos discutindo já faz tempo porque é sustentável e ambientalmente correto. Além disso, o debate sobre o desenvolvimento da tecnologia nacional deve fazer parte de uma política nacional da categoria e é para isso que estamos lutando”, afirmou.

O presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, disse que o projeto industrial que queremos para o país passa pelo debate do motor do futuro.

“São José dos Campos vai ser o passaporte para nossa conversa em nível nacional. Nós precisamos discutir muitas coisas sobre o carro hibrido etanol, como projetos de infraestrutura e logística, conectados com investimentos em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento sustentável. Este debate faz parte do projeto de país que queremos”, destacou.

O debate sobre o motor do futuro contará com dois painéis. O primeiro “Quais oportunidades de desenvolvimento sustentável?” terá como expositores Ciro Possobom, COO da VW no Brasil; Maria Valnice Boldrin, pró-reitora da Unesp, e Antonio de Padua Rodrigues, diretor-técnico da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).

O segundo painel “O que pode ser feito de hoje até 2030?” terá a participação de Henrique Araújo, assuntos governamentais da VW Brasil e vice-presidente da Anfavea; Ana Cristina Costa, coordenadora de estratégia industrial do BNDES; e Emilia Villani, pró-reitora de pós-graduação do ITA. A mediação será de Wellington Damasceno, diretor-executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Para o presidente do Sindmetau, Cláudio Batista, o Claudião, essa discussão se faz extremamente importante e urgente. “Temos que pensar hoje na geração de empregos e oportunidades para os próximos anos”, afirmou Claudião, ressaltando a necessidade de uma tecnologia que preserve o meio ambiente, garantindo sustentabilidade e que possa gerar postos de trabalho.

"Atividades como essa nos deixa bem feliz, a gente fica com aquele sentimento de que é possível mudar quando você tem pessoas comprometidas, que estão olhando para o problema buscando soluções. Esta atividade nos dará um novo ânimo", destaca o secretário de Formação da CNM/CUT, Renato Carlos de Almeida, o Renatinho.

Papel dos sindicatos 

Para o dirigente da CNM/CUT, o país ainda não está estruturado para uma virada de chave para a eletrificação e isso pode gerar muito desemprego. A proposta do carro Hibrido Etanol é justamente porque gera mais empregos e o país segue no rumo do desenvolvimento sustentável. Segundo ele, o motor Hibrido Etanol é uma possibilidade de atravessar esse período de transição do motor a combustão para o elétrico, porque diminui carbono e valoriza a produção nacional. Segundo Renatinho, os metalúrgicos querem desenvolver a tecnologia no Brasil juntamente com as montadoras e universidades, além de envolver vários parceiros.

“Levar este debate para o âmbito nacional, para os metalúrgicos da CUT em todo país e a sociedade em geral, nos ajuda a ampliar o debate e fazer mais pressão em parlamentares e governos por uma política pública que pense uma industria brasileira sustentável até o país se estruturar e ampliar a produção de carros elétricos. Nós contamos com participação de várias pessoas de diversos setores diversas regiões, é importante que todos estejam na mesma sintonia.O Sindicato está fazendo o seu papel de defender direitos e empregos.É nosso dever defender uma política pública de resindustrialização para o país, porque do jeito que está não dá, né”, questionou Renatinho.

Serviço:

Híbrido Etanol: o Motor do Futuro

Dia: 23 de junho de 2022 (quinta-feira)

Horário: 9h00

Local: Parque Tecnológico de São José dos Campos

(Estrada Dr. Altino Bondensan, 500)

Será transmitido pelo site a partir das 10h: http://www.motordofuturo.com.br/

 

PROGRAMAÇÃO: Híbrido Etanol: o Motor do Futuro

9h – Credenciamento
9h30 – Abertura

10h – Painel 1 – Quais oportunidades de desenvolvimento sustentável?
Expositores:


Ciro Possobom – COO da VW no Brasil
Maria Valnice Boldrin – pró-reitora de pós-graduação da Unesp
Antonio de Padua Rodrigues – diretor-técnico da Unica
Mediação: Rodrigo Marques – coordenador do Cempeqc/Unesp

11h15 – Painel 2 – O que pode ser feito de hoje até 2030?
Expositores:


Henrique Araújo – assuntos governamentais da VW Brasil e vice-presidente Anfavea
Ana Cristina Costa – coordenadora de estratégia industrial do BNDES
Emilia Villani – pró-reitora de pós-graduação do ITA
Mediação: Wellington Damasceno – diretor do Sindicato dos Metalúrgicos ABC

12h30 – Assinatura do termo de compromisso Novo Ciclo do Etanol
14h30 – Debate: Desafios e compromissos sociais