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Metalúrgicos de Matão conquistam redução na jornada de trabalho

Medida negociada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Matão abrange mais de 80% dos trabalhadores da base

Publicado: 23 Outubro, 2025 - 18h17 | Última modificação: 23 Outubro, 2025 - 18h20

Escrito por: FEM-CUT/SP

Divulgação
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Desde 1º de outubro de 2025, os metalúrgicos de Matão (SP) começaram a vivenciar uma conquista histórica: a redução da jornada de trabalho nas empresas Baldan, Cadioli e Sofer. A medida será ampliada gradualmente até o início de novembro, alcançando mais de 80% dos trabalhadores da categoria no município.

Ao todo, cerca de 6.237 trabalhadores serão beneficiados com a medida nas principais empresas da base:

  • Marchesan: 2.383 trabalhadores
  • Baldan: 1.431 trabalhadores
  • Antoniosi: 197 trabalhadores
  • Cadioli: 95 trabalhadores
  • Mauser: 87 trabalhadores
  • Imece: 44 trabalhadores

A proposta, negociada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Matão, filiados à FEM-CUT/SP, prevê a redução de 15 minutos diários na jornada de trabalho pelo período de um ano, em caráter experimental.

Além disso, através de negociação sindical, cerca de 140 trabalhadores da empresa Bambozzi já haviam conquistado a redução de 20 minutos diários na jornada.

De acordo com a entidade, essa é a primeira mudança significativa no tempo de trabalho desde a Constituição Federal de 1988, quando a jornada semanal passou de 48 para 44 horas. Para o sindicato, a medida representa um passo importante na busca por melhor qualidade de vida, saúde física e mental, tempo para estudos e convivência familiar.

A direção sindical ressalta que a conquista só foi possível graças à união e mobilização dos trabalhadores, e alerta para que todos mantenham atenção diante de possíveis retaliações ou pressões patronais, orientando que qualquer irregularidade seja comunicada imediatamente ao sindicato.

Luta da FEM-CUT/SP

A FEM-CUT/SP e seus sindicatos filiados defenderam a redução da jornada de trabalho sem redução de salário como uma das pautas centrais da Campanha Salarial de 2025. Além disso, menos horas de trabalho já se tornou uma realidade em diversas bases metalúrgicas, como no ABC, Pindamonhangaba, São Carlos, Sorocaba e Taubaté.

 A luta histórica para os metalúrgicos e também para o movimento sindical visa garantir mais qualidade de vida, mais tempo para a família e lazer, como destaca Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP.

“Estamos em momento histórico em que os trabalhadores clamam por menos horas de trabalho e é preciso entender que o ritmo de vida mudou e, portanto, o mercado de trabalho também deve mudar. Temos diversas experiências nas nossas bases que mostram que reduzir a jornada sem a redução de salários é possível e todos – metalúrgicos e empresas – saem ganhando. Vamos seguir nessa luta até que a maior parte da categoria seja beneficiadas”, afirma ele.