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Metalúrgicos decidem continuar com a greve no Espírito Santo

A proposta de 7,26% de reajuste salarial de acordo com o INPC/IBGE e o pagamento dos dias parados não convenceu os metalúrgicos a esperar o julgamento do dissídio coletivo trabalhando

Publicado: 02 Dezembro, 2008 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A maioria dos 5 mil metalúrgicos que estava na manhã desta terça-feira (2), em frente à sede do Sindimetal, em São Diogo, na Serra,  continua em greve, até que o dissídio coletivo -impetrado na sexta-feira (29) seja julgado pela Justiça do Trabalho, o que não tem data ainda marcada para acontecer.

A mesma decisão tomaram os 1,6 mil metalúrgicos da União Engenharia, na manhã de hoje, contratados no Pólo Industrial da Petrobrás, que fica localizado em Cacimbas, Linhares, norte do Estado. Na segunda (01/12), esses trabalhadores cruzaram os braços, seguiram em passeata por 4 quilômetros e fecharam a Rodovia BR 101 Norte, no centro de Linhares.

O protesto durou três horas e ocasionou um congestionamento de 10 quilômetros nos dois sentidos da via. As polícias Militar e Rodoviária Federal acompanharam a manifestação pacífica, não registrando nenhuma ocorrência. , Os empregados da União lutam pela Participação nos Lucros e Resultados, aumento real e melhorias no restaurante da empresa, em Cacimbas, que é pequeno e ao atende ao grande numero de operários. Eles já recebem o piso que o restante da categoria reivindica.

Na assembléia realizada na portaria da Vale, no bairro de Carapina, a proposta também não passou pela decisão dos mais de 4 mil trabalhadores. Na Vale, o movimento dos metalúrgicos é tranqüilo, uma vez que a mineradora brecou a entrada de suas empreiteiras do setor, contribuindo assim com a greve dos metalúrgicos. Não há pressão por parte da Vale sobre os terceirizados. Ao contrário da CST (ArcelorMittal) que em todas as suas entradas aciona a PM e o batalhão de choque para obrigar os metalúrgicos a entrarem na siderúrgica.

Diante da continuidade da greve, o Sindimetal vem tentando convencer os empresários a melhorar a proposta, antes mesmo do julgamento do dissídio, uma vez que a adesão ao movimento paredista é grande. O Sindimetal também planeja realizar passeatas com os trabalhadores para pressionar a Justiça do Trabalho a decidir pelo dissídio.

Metalúrgicos não aceitaram proposta feita pelos representantes patronais e greve continuaMetalúrgicos não aceitaram proposta feita pelos representantes patronais e greve continua

O que querem os trabalhadores metalúrgicos

- Piso salarial por função de R$ 1.170,00 e definição das funções praticadas pela categoria

- ganho real de 10%

- Reajuste salarial de 7,26% (INPC) - única reivindicação atendida pelos patrões.

- Tíquete/Cesta básica de R$ 90,00

- PLR/Abono de R$ 800,00

- Adiantamento Quinzenal no dia 15 e pagamento do saldo de salário no dia 05 de cada mês

- Antecipação da data base para setembro

Na Vale, o movimento dos metalúrgicos é tranqüilo, uma vez que a mineradora brecou a entrada de suas empreiteiras do setor metalúrgico, contribuindo assim com a greve dos metalúrgicos. Não há pressão por parte da Vale sobre os terceirizados. Ao contrário da CST (ArcelorMittal) que em todas as suas entradas aciona a PM e o batalhão de choque para obrigar os metalúrgicos a entrarem na siderúrgica (fotos).

Negociação frustrada

A greve dos metalúrgicos do setor metalmecânico, que começou a na quinta-feira (21), foi suspensa por três dias (22, 23, 24/11) devido às negociações na SRTE, e recomeçou na quinta-feira (28), concentra-se nos operários terceirizados dos complexos industriais da Vale, Patrobrás e ArcelorMittal Tubarão.  A data base, que é 1º de novembro, foi garantida até domingo (30) pelos patrões e, continua protegida pela Justiça do Trabalho, até que o dissídio seja julgado. Com isso, os empresários não podem retirar nenhuma das garantias e benefícios dos mais de 25 mil trabalhadores abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho, assinada em novembro do ano passado.

Fonte: Sindimetal-ES