Metasita faz balanço da primeira rodada de negociação com a ArcelorMittal em Timóteo

O primeiro encontro entre os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Timóteo (MG) e os representantes da ArcelorMittal foi considerado positivo por parte dos sindicalistas, que participaram das negociações salariais.

"Antes estávamos no início de uma grande crise. Agora não, estamos em plena retomada da normalidade produtiva da empresa", afirmou Anísio Cabral, representante da empresa na mesa de negociação.

"Se no ano passado a análise dos danos que a crise poderia vir a causar foi o grande argumento dos representantes da empresa para que houvesse em Timóteo um reajuste menor do que foi concedido aos trabalhadores das demais plantas da ArcelorMittal no Brasil, a análise positiva de superação desta mesma crise, por coerência, deve ser o argumento para que este possamos ter um acordo ainda melhor do que o assinado em 2008", disse o presidente do Metasita, Carlos Vasconcelos.

Este argumento se reforçou quando foi comentado pelos representantes da empresa que as siderúrgicas CSN e COSIPA, cuja data base foi em maio, no pior momento da crise, concederam a reposição integral das perdas durante as negociações.

Data-base - Muitos companheiros procuraram o Metasita preocupados com o fato de a data-base não ter sido estendida, uma vez que haverá uma rodada de negociação marcada para o dia 30, quando se encerra a data-base. Mas o sindicato afirmou que o tema será o primeiro a ser debatido na reunião agendada para esta sexta (23), às 14 horas.

Greve na ArcelorMittal de Campinas completa 7 dias

Os 150 trabalhadores na Arcelor Mittal continuam a greve iniciada em 15 de outubro. A decisão foi tomada em assembleia realizada na porta da fábrica, e envolve tanto os trabalhadores da fábrica quanto os do setor administrativo.

Desrespeitando a decisão dos companheiros, a empresa exige que a fábrica esteja funcionando, para então negociar com os trabalhadores e com o Sindicato.

Além de reivindicarem a pauta da Campanha Salarial 2009, os trabalhadores também querem a solução de problemas específicos da unidade de Campinas:

- Definição de um Plano de Cargos e Salário
- Pagamento da PLR
- Protesto pela demissão de cipeiros

A ArcelorMittal pertence ao Grupo 9 e é uma das maiores siderúrgicas do mundo. A empresa chamou a Polícia Militar para garantir a entrada dos trabalhadores.

Valter Bittencourt - Imprensa CNM/CUT com informações do Metasita