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Mobilização é ponto chave para avanços nas negociações na campanha salarial em SP

Reunião nesta terça-feira (5) debateu andamento das tratativas com as bancadas patronais e a importância do envolvimento da categoria para um resultado vitorioso

Publicado: 07 Agosto, 2025 - 13h49 | Última modificação: 07 Agosto, 2025 - 13h52

Escrito por: FEM-CUT/SP

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A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM-CUT/SP) realizou, nesta terça-feira (5), uma importante reunião com os sindicatos filiados para alinhar estratégias da Campanha Salarial 2025. O encontro reafirmou o compromisso coletivo com pautas centrais da categoria e da classe trabalhadora, como o aumento real dos salários, a valorização dos pisos salariais e o fim do piso de entrada, além de definir a intensificação das mobilizações nas portas das fábricas em todas as bases.

A reunião contou com uma apresentação da economista Caroline Gonçalves, da subseção do Dieese da FEM-CUT/SP, que trouxe um panorama detalhado da situação econômica e possíveis impactos do tarifaço, reforçando a necessidade de fortalecer a organização e a pressão sindical para conquistar avanços reais nas mesas de negociação.

Na sequência, o encontro teve uma análise de conjuntura política feita pelo jornalista e ex-ministro de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, que destacou os desafios enfrentados pelos trabalhadores no atual cenário nacional.

Além das pautas econômicas e trabalhistas tradicionais, a Campanha Salarial deste ano também incorpora reivindicações estruturais, como o fim da escala de trabalho 6×1 — considerada prejudicial à saúde e ao convívio social dos trabalhadores — e a redução da jornada de trabalho sem redução de salários. Ambas as propostas são parte de um esforço mais amplo da classe trabalhadora para melhorar as condições de vida e trabalho.

Outro ponto de destaque foi a defesa da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A medida é considerada essencial para aliviar a carga tributária dos assalariados e valorizar o poder de compra da classe trabalhadora. Tanto essa proposta quanto a jornada reduzida e o fim da escala 6×1 estão em votação no Plebiscito Popular, promovido pela CUT, pelas centrais e movimentos sociais em todo o país, e também compõem as reivindicações da FEM-CUT/SP na Campanha Salarial 2025.

Durante o encontro, foi destacada a importância da participação ativa dos dirigentes sindicais em todas as frentes: no chão de fábrica, nas portas das empresas, nos bairros, nos pontos de ônibus e em qualquer espaço de convivência com os trabalhadores. A mobilização foi aprovada por unanimidade, refletindo um consenso absoluto entre os presentes.

“A mobilização foi ponto crucial. Todos compreendem que só com luta e unidade teremos uma grande campanha salarial. Cada companheiro e companheira tem um papel fundamental em seu local de trabalho, seja no horário de almoço ou ao encontrar os colegas no bairro. É essa ação direta que fará a diferença”, destacou Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP.

A direção da entidade reforçou que a mobilização é a principal ferramenta de pressão neste momento. Com engajamento, organização e presença sindical nas bases, a entidade acredita que os metalúrgicos de São Paulo poderão mais uma vez protagonizar uma campanha vitoriosa.

“Mais uma vez, os metalúrgicos no estado de São Paulo estão conscientes da importância de estarem organizados e irem à luta. Só assim, conseguimos avançar”, concluiu Max Pinho, secretário-geral da entidade.